VIA EXPRESSA PREOCUPA MORADORES DO COHAFUMA
VIA EXPRESSA PREOCUPA MORADORES DO COHAFUMA
Promessa de campanha de Roseana, técnicos já iniciaram o levantamento de casas que deverão ser idenizadas para a construção de uma nova avenida.
Carolina Melo
A construção de uma nova avenida em São Luís preocupa moradores do bairro Cohafuma. A chamada Via Expressa, com oito quilômetros, deverá ligar a avenida Jerônimo de Albuquerque na altura do Jaracaty a Daniel de La Touche no Maranhão Novo, ao lado do ainda em obras Shopping da Ilha. Apesar dos benefícios que poderá trazer para o trânsito da cidade, um número ainda indefinido de casas deverá ser desapropriado para a obra sair do papel, incluindo residentes nas ruas Independência e Filosofia, no Cohafuma. Até agora se fala em, pelo menos, mais de 100 casas. Bairros Recanto dos Vinhais e Ipase também poderão ser afetados, segundo a Rodoconsult Limitada, empresa que realiza o cadastramento das famílias afetadas para o governo estadual.
A costureira Benedita Carneiro de Sousa, 52 anos, e outros parentes moram na rua da Independência. Embora a marcação para a construção da avenida preserve sua casa, ela se preocupa com imóveis do irmão, Gustavo Duarte Pereira, 56 anos, e dos filhos José Carneiro de Sousa, 34 anos, e Leni Sousa Silva, 24 anos. As casas deles ficam entre a rua e o manguezal nas proximidades da Ceasa, e deverão ser demolidas para interligar as avenidas Jerônimo de Albuquerque e Daniel de La Touche. Pelo menos é o que os moradores sabem até agora, a partir de conversas com funcionários contratados pelo governo que tem feito a medição da área e coletado dados dos moradores. Benedita questiona a necessidade de desapropriar moradias. “Eles não podem derrubar o mangue, mas podem demolir casas?”, falou.
A principal preocupação da dona de casa Miguelina Telma Pereira, 43 anos, é o tempo que será dado aos moradores para se mudarem para novas moradias. Segundo ela, fala-se que a previsão para início das obras é julho. Ela também se preocupa com o valor das indenizações. “A gente não sabe se vai receber um valor justo, que seria o preço do imóvel segundo o mercado imobiliário, e não somente a área construída”, disse a dona de casa. Para o aposentado Moana Silva, 64 anos, a construção da avenida parece inviável. “É tanta gente para indenizar que eu não acredito que essa obra sairá do papel até 2012, como estão dizendo; talvez seja um empreendimento para daqui há 10 anos”, disse. Ainda que haja dinheiro suficiente para as indenizações, o aposentado questionou sobre o destino das famílias. “Para onde irá tanta gente?”, perguntou.
FONTE: http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=70103