URUBUS INVADEM AVENIDA ATRAÍDOS POR LIXO ACUMULADO
URUBUS INVADEM AVENIDA ATRAÍDOS POR LIXO ACUMULADO
Quantidade de aves já causou colisão entre carros na avenida Senador Vitorino Freire, em São Luís.
SÃO LUÍS – Comerciantes e consumidores do Mercado do Peixe de São Luís reclamam da presença de urubus no local. Atraídas pelos peixes, dezenas de aves invadem o mercado para se alimentar, circulando livremente pelo estacionamento e se amontoando na avenida Senador Vitorino Freire, o que causa risco à segurança de frequentadores do mercado e motoristas.
Todos os dias, dezenas de urubus podem ser vistos circulando pelo estacionamento e avenida próxima ao mercado. As aves são atraídas pelos restos de peixes que são jogados no lixo do mercado e servem de alimento para elas. A falta de serviços de infra-estrutura contribui para o acúmulo de lixo e aumento no número de urubus que migram para as proximidades.
A comerciante Marinilde Ribeiro informou que a concentração é elevada em qualquer hora do dia e que é um problema que persiste há anos. “Há muitos anos trabalho aqui temos de lidar com a presença deles, não só na área do mercado, como no canteiro central, na avenida e em algumas ruas em frente ao mercado, que também servem de abrigo para eles. Quando jogamos o lixo fora, pode-se ver a nuvem negra no céu vindo em nossa direção”, contou.
Ainda segundo ela, a quantidade de urubus é tão grande que já provocou acidentes. “Ainda outro dia um carro colidiu com outro na avenida, ao desviar dos urubus. Por sorte ninguém se machucou, mas ainda assim ficamos apreensivos”, afirmou.
Para Marinilde Ribeiro e diversos outros comerciantes do local, o problema seria resolvido se a coleta do lixo fosse mais eficiente. “Não temos lixeiras suficientes para armazenar todo o lixo que produzimos. Sem opção, temos de pôr os sacos de lixo no chão, mas eles são rasgados pelas aves, que espalham sujeira por todo o mercado, causando mau cheiro”, afirmou o vendedor de peixes Raimundo Oliveira.
Entre os consumidores as reclamações também são constantes, sobretudo no que diz respeito às condições sanitárias do pescado. Antônia Barbosa afirmou que já deixou de comprar no local por um tempo por causa da presença das aves. “Já houve períodos bem piores que este. O mercado está mais limpo e o número de urubus, embora elevado, é menor que há alguns anos. Mas preocupa, pois não sabemos que problemas a nossa saúde eles podem causar”, disse.
FONTE: http://imirante.globo.com/noticias/2010/10/28/pagina257734.shtml