Trabalhadores dos Correios mantêm negociações com ECT

Trabalhadores dos Correios mantêm negociações com ECT

 

As negociações da campanha salarial 2012 feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios de São Paulo (Sintect-SP) não serão afetadas com a medida adotada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que protocolou nesta quinta-feira (13) um pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A ECT se antecipou às assembleias dos funcionários convocadas para decidir sobre a realização de greve.

 

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As assembleias que votarão o indicativo de paralisação estão marcadas para a terça-feira (18) em sindicatos de todo o país. Caso seja aprovado, a greve começará às 22h do mesmo dia, em São Paulo, e a partir da zero hora da quarta (19) nos demais estados.

 

“O dissídio foi protocolado com relação à Fentect [Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares], como não somos filiados à essa Federação, nada muda na nossa negociação”, esclareceu Elias Cesário de Brito Júnior, o Divisa, presidente do Sintect-SP.

 

O Sintect-SP rejeitou, em assembleia na terça-feira (11), a proposta da ECT, que ofereceu 5,2% de reajuste salarial e o mesmo percentual para o vale-alimentação e auxílio-creche. Há alguns dias, carteiros de diversas regiões já haviam rejeitado a proposta. Mas, adiaram a paralisação, na expectativa de que a empresa melhorasse a sua proposta. A greve só foi deflagrada em Minas Gerais e no Pará, por enquanto.

 

Além de São Paulo, outros sindicatos, que também não integram a Fentect, continuam negociando normalmente – do Rio de Janeiro, do Tocantins e de Bauru. Estes sindicatos reivindica 10,2% de reajuste (sendo 5% de aumento real), aumento do tíquete-refeição de R$ 25 para R$ 28, aumento do vale-cesta de R$ 140 para R$ 160, aumento linear de R$ 100 para todos os trabalhadores, manutenção de assistência médica nos mesmos moldes do acordo anterior, de 2011, além de um talão extra do tíquete-refeição em dezembro.

 

O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942.

 

Empresa

 

Segundo nota emitida pelos Correios, o objetivo de entrar com o dissídio é de “garantir a normalidade do atendimento à população brasileira”. A ECT pede a intermediação do tribunal “em vista da greve e do esgotamento das negociações” e a renovação do acórdão do tribunal relativo à paralisação de 2011, que teria validade por quatro anos.

 

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reagiu com surpresa à medida da ECT. “Lamentamos essa decisão da empresa, que vira as costas para os trabalhadores e demonstra não querer mais negociar”, disse James Magalhães de Azevedo, secretário de Imprensa da Fentect. “A judicialização da greve mudará toda a nossa estratégia, vamos ouvir agora a nossa assessoria jurídica.”

 

O comando de negociação da Fentect reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil.

 

Deborah Moreira

Da redação

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=193720&id_secao=8

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