Sindicato de caminhoneiros nega ameaças e diz que ato é pacífico
Sindicato de caminhoneiros nega ameaças e diz que ato é pacífico
MARCELLE SOUZA
DE SÃO PAULO
O Sindicam (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo) negou nesta terça-feira que o movimento que interrompeu o abastecimento de postos de combustíveis em São Paulo tenha relação com atos de vandalismo.
O sindicato afirma que o ato é pacífico e que os responsáveis pelo apedrejamento de quatro caminhões que tentavam sair de uma distribuidora em São Caetano do Sul não fazem parte do movimento. Manifestantes pró-paralisação teriam arrancado as chaves dos veículos e jogado no rio Tamanduateí, na avenida do Estado.
A PM disse hoje que pode pedir à Justiça autorização para interceptações telefônicas para tentar identificar os autores das ameaças aos caminhoneiros.
O Sindicam ainda reafirmou que os serviços essenciais estão sendo abastecidos. Para o sindicato das empresas, porém, não há segurança para o transporte, por isso foi pedido a interferência da Polícia Militar.
Desde a manhã desta terça, carros da PM estão fazendo a escolta de caminhões de combustíveis que vão atender serviços essenciais, como hospitais, e serviços de transporte.
DESABASTECIMENTO
O desabastecimento é provocado pela paralisação de caminhoneiros em protesto contra as restrições de circulação na marginal Tietê. Com a paralisação, caminhões-tanque não estão abastecendo os postos.
A medida estava em vigor desde dezembro, mas as multas começaram ontem (5). Estão proibidos de entrar na marginal veículos pesados entre as 5h e as 9h e entre as 17h e as 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados. A multa é de R$ 85,13 e acarretará acréscimo de quatro pontos na habilitação.
A Prefeitura de São Paulo disse que vai entrar com uma ação judicial para tentar impedir o desabastecimento dos postos de combustíveis da cidade.
A falta de combustível nos postos também está provocando uma corrida de motoristas, que estão enchendo o tanque, o que acelera ainda mais o fim dos estoques.
O Procon alerta o consumidor para a possibilidade de aumentos abusivos do valor da gasolina e do álcool, e por isso orienta o motorista a exigir nota fiscal quando abastecer.
Editoria de Arte/Folhapress |
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