SEM NEGOCIAÇÃO, METROVIÁRIOS DO DF CONTINUAM EM GREVE
SEM NEGOCIAÇÃO, METROVIÁRIOS DO DF CONTINUAM EM GREVE
A greve dos metroviários, iniciada no primeiro minuto desta segunda-feira (14), continuará. É o que afirma o secretário de Comunicação do SindMetrô-DF – sindicato que representa a categoria –, Anderson Oliveira. O motivo foi o cancelamento, sem justificativa, da reunião que seria realizada hoje entre o Sindicato e o secretário de Administração Pública do DF, Denilson Bento da Costa, para intermediar o processo negocial entre os metroviários e a patronal, Companhia de Metropolitano do DF.
O aviso de cancelamento do encontro foi feito 15 minutos antes do horário agendado para iniciar a reunião, às 14h45. Um grupo de manifestantes em frente a sede provisória do Palácio do Buriti dava apoio aos dirigentes sindicais que, acompanhados pelo presidente da CUT-DF, José Eudes, seguiria para a reunião. Com o cancelamento da conversa, o grupo deliberou a realização de uma assembleia nesta terça-feira (15), às 18h, na Praça do Relógio, em Taguatinga, para definir os eixos de luta do movimento paredista.
Com a greve dos metroviários, o funcionamento do metrô ficará em 30%, tanto para os trens como para o quadro funcional. Isso significa que, no horário de pico, funcionarão sete dos 22 trens. Nos demais horários, funcionarão quatro trens. A estimativa é de que 180 mil pessoas utilizam, por dia, o metrô do Distrito Federal.
Problemas
Segundo o secretário e Comunicação do SindMetrô-DF, em 1996 foi feito um levantamento que apontou a necessidade de 1,8 mil metroviários para 16 estações de metrô, que funcionariam de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h. Hoje, o quadro funcional é de 1,2 mil servidores para 24 estações, que funcionam todos os dias, das 6h às 23h30.
Luciano Soares, secretário de Relações Intersindicais do SindMetrô-DF, ainda denuncia que a categoria não “recebe reajuste salarial há seis anos e é a única categoria do GDF que não tem nenhum tipo de gratificação”. Segundo o sindicalista, o quadro atual vem refletindo na evasão dos metroviários.
Soares afirma que a Campanha Salarial dos metroviários – que têm data base em 1º de abril – começou em 28 de janeiro e, até hoje, não teve qualquer tipo de avanço. “Esta categoria está disposta a permanecer em greve por tempo indeterminado até que o governo aceite negociar cláusula por cláusula”, reforça o sindicalista. O Acordo Coletivo de Trabalho dos metroviários vence no próximo dia 31 de março.
Das mais de 70 cláusulas que compõem a pauta de reivindicação da Campanha Salarial dos metroviários, os principais pontos são o reajuste salarial de 25% – porcentagem que seria automaticamente adicionada aos salários a cada ano, até 2014 –; gratificação por atividade metroviária; realização de concurso público e reconhecimento do Plano de Carreira da categoria.
FONTE: http://www.cut.org.br/destaque-central/44356/sem-negociacao-metroviarios-do-df-continuam-em-greve