Reunião entre empresas e aeroviários termina sem acordo em Brasília
Reunião entre empresas e aeroviários termina sem acordo em Brasília
DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO
A reunião entre sindicatos dos aeroviários (funcionários das empresas aéreas que trabalham no solo) e as empresas do setor que ocorreu nesta segunda-feira em Brasília, mediada pelo Ministério do Trabalho, terminou sem acordo.
Uma nova proposta foi apresentada. Os representantes do ministério sugeriram que as empresas com maior capacidade de pagamento adotem um piso salarial de R$ 1.100 para seus operadores de equipamentos e que o reajuste salarial geral seja de 6,5%. Atualmente, há uma proposta de piso salarial de R$ 1.000 para os operadores que está sendo estudada por empresas e trabalhadores.
Os aeroviários, que pediam reajuste de 10% nos salários, agora propuseram aumento de 7%, segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários).
Os sindicatos irão consultar as bases e as empresas irão se reunir para definir se aceitam ou não a sugestão do ministério. A decisão sobre um possível acordo deve sair na quarta-feira, segundo o SNA. Até lá, o sindicato mantém o estado de greve, mas descarta a possobilidade de paralisação.
A categoria chegou a fazer greve em aeroportos de cinco capitais do país: Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza. A paralisação começou na quinta-feira (22) e terminou na sexta (23) e não chegou a afetar os voos.
Em São Paulo, parte dos funcionários da TAM no aeroporto de Congonhas parou na quinta-feira, causando atrasos nos voos.
A situação dos aeroviários de Congonhas e do Campo de Marte, representados pelo Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo ainda está indefinida. Uma reunião no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região, em São Paulo, entre este sindicato e o Snea terminou sem acordo na quinta.
O sindicato dos aeroviários de Guarulhos, que representa os trabalhadores do aeroporto de Cumbica, decidiu pelo acordo com as empresas.
Não há unidade nacional na categoria, por isso cada negociação é feita separadamente com o sindicato patronal. O mesmo motivo provoca situações em que greves são anunciadas em alguns locais e em outros não.
A entidade que representa os trabalhadores que atuam dentro dos aviões, como pilotos e comissários, o Sina (Sindicato Nacional dos Aeronautas), aceitou a proposta feita pelas empresas aéreas, de reajuste de 6,5%, e suspendeu a greve da categoria.