RESULTADOS PROVISÓRIOS DO REFERENDO APONTAM PARA INDEPENDÊNCIA DO SUL
RESULTADOS PROVISÓRIOS DO REFERENDO APONTAM PARA INDEPENDÊNCIA DO SUL
Ao todo, 97,5 por cento da população da capital do Sudão Sul, Juba, votou a favor da independência da região, revelam resultados preliminares, anunciados ontem.
“No condado de Juba, 211.018 eleitores votaram pela independência e 3.650 pela continuação da região como parte do Sudão”, declarou o presidente da unidade local da comissão organizadora do referendo, Timon Wani, sob aplausos da multidão.
Autoridades de dez Estados do Sul do Sudão disseram que os resultados nos diferentes condados apontam para a divisão do Sudão, o maior país da África, dividido entre o Norte, muçulmano e em grande parte árabe, e o Sul, afro cristão.
Resultados preliminares mostram que 99 por cento dos votos apontam para a independência do Sul, noticiou a France Press.
Analistas afirmaram que, apesar das pesquisas indicarem uma vitória da opção separatista, ainda é cedo para anunciar vitória.
União Africana aprova referendo
A missão de observadores da União Africana (UA) emitiu, na terça-feira, uma declaração considerando que o referendo sobre a independência do Sudão Sul decorreu de maneira “justa e credível”, noticiou, ontem, a France Press.A União Africana sublinha, na nota, que “aprova o referendo no Sudão Sul por ter decorrido num ambiente seguro, pacífico e transparente”. “Houve um desdobramento massivo de polícias, militares e de agentes dos serviços de informação em todo território e em assembleias de voto para garantir a segurança dos eleitores”, garante o documento.Alguns observadores deploraram a violência e os assassinatos ocorridos perto da fronteira entre as duas zonas do país, que causaram vítimas entre os habitantes do Sul que regressavam à região.
A Comissão sobre o Referendo no Sudão Sul também considerou que “o processo decorreu com êxito e sem nenhuma violação particular”. “No quarto dia do escrutínio, mais de 80 porcento dos eleitores inscritos no Sudão Sul votaram e a votação teve de ser prolongado devido às longas filas dos dois primeiros dias”, frisa a nota.Cerca de quatro milhões de eleitores estavam inscritos nas listas, 3,8 milhões dos quais votaram, anunciaram fontes do Governo.