PROJETO CHAMA ATENÇÃO PARA REUTILIZAÇÃO DO LIXO ELETRÔNICO E PARA INCLUSÃO DIGITAL

O projeto tem por objetivo estimular o desenvolvimento sustentável, sensibilizar e conscientizar a comunidade universitária sobre o uso e descarte de resíduos eletrônicos e, ainda, promover a inclusão digital para ampliação da cidadania, por meio das redes informacionais. A iniciativa é um desdobramento das observações de Gleyciane Lobato Barbosa, aluna da Uema, autora de um projeto de extensão que previa a gestão dos resíduos (lixo) eletrônicos da Universidade, como computadores, impressoras, celulares, aparelhos de tv, aparelhos de fax, baterias, pilhas, cd’s, entre outros. 

Com a expansão tecnológica e o barateamento desses materiais, a preocupação com seu destino aumentou. Hoje, o trabalho da Uema é um dos primeiros nesta área no Estado. A situação do lixo tecnológico no Brasil é uma questão que requer iniciativas públicas, privadas e das próprias comunidades, principalmente no que diz respeito ao manejo seguro e à disponibilização de informação sobre essa categoria de resíduos. “Com as informações que adquirimos nesse último ano percebemos como tratar esse lixo é difícil, as pessoas são desinformadas e tentam apenas se desfazer das sucatas. Isso nos impulsionou a continuar tratando o assunto com profundidade”, afirmou a coordenadora Zafira Almeida.

O Brasil possui toneladas de lixo eletrônico e, ainda assim, o país não tem uma legislação específica para tratá-lo. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Porfírio Candanedo Guerra comentou que “a Uema começa a ser um ponto de referência nesse campo, e com o projeto no formato em que está, pode crescer muito. Com essas atividades estamos estimulando os moradores dos bairros próximos a se interessarem pelo assunto e se preocuparem com o tipo de lixo que tem em casa”. 

Em uma das ações educativas que propõe, o projeto irá oferecer um curso profissionalizante de 40h para 180 pessoas, sendo 60 do Centro de Ensino Menino Jesus de Praga, 60 do Centro de Ensino Paulo VI e 60 da Associação de Produtores Agrícolas da Cidade Operária (Apaco). Os temas discutidos no curso serão educação ambiental, no que concerne ao reaproveitamento dos produtos; e inclusão digital, no que serão apresentados conhecimentos sobre informática, como uso da Internet, do Word, Power Point e Excel. As aulas serão ministradas pelos alunos do Ifma nas instalações do UemaNet.

A presidente da Apaco, Raimunda Sabina, comentou que essa é uma grande oportunidade de aprender um pouco mais sobre a informática. “Nossa comunidade tem ficado esquecida, e receber esse tipo de conhecimento é muito importante para nós”.

Durante o evento, foi doado um computador remanufaturado (máquina que seria descartada, mas que foi restaurada e está seminova) para cada uma das três comunidades contempladas (citadas acima), com garantia de manutenção por um ano. Aconteceram, também, as palestras sobre ‘Inclusão Digital’, ministrada por Weyffson Henrique; e ‘Utilização de Softwares livres para manutenção de computadores’, de Leonardo Frazão e Thawan Mariano. 

Para a tarde estão previstas oficinas sobre ‘Alternativas para resíduos eletrônicos’, ‘Aprendizagem de Química, a partir de resíduos eletrônicos’ e ‘ Flores digitais, um diálogo artístico e ambiental’.

A mesa de abertura solene foi composta por Porfírio Guerra, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, representando o reitor José Augusto Oliveira; Maria Auxiliadora de Mesquita, pró-reitora de Graduação; Carlos Ximenes, representando Marcelo Cheche, diretor do Cecen; Cláudio Leão Torres, representando o reitor do Ifma, José Ferreira Costa; Regina Lucia Muniz, diretora do Ifma – Monte Castelo; Zafira Almeida, diretora do Curso de Ciências Biológicas; e o aluno Weyffson Henrique.