Professores do DF em greve esperam nova negociação

Professores do DF em greve esperam nova negociação

 

Os professores do Distrito Federal, que cruzaram os braços deste a manhã desta segunda-feira (12), esperam que a negociação com o governo do Distrito Federal (DF) seja retomada nas mesmas bases que já havia sido firmada anteriormente. Ou seja, em três parcelas. A categoria estima que pelo menos 70% do magistério aderiram à paralisação. O GDF reconhece o direito do movimento, mas alega problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para atender as reivindicações.

 

 

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 13,83% em três parcelas, além de reestruturação do plano de carreira e equiparação salarial com carreiras de nível superior do governo distrital.

 

“Somos uma das categorias de nível superior que menos recebe. Fizemos um acordo de equiparação salarial, dividido em três etapas: 2012, 2013 e 2014. Tudo o que queremos é que o governo retome as negociações nos mesmos termos que ele mesmo propôs e assinou naquela ocasião, em abril de 2011, e nós aceitamos”, afirmou ao Vermelho a dirigente do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa.

 

A categoria ficou durante 113 dias em “estado de greve” aguardando pela aprovação de um reajuste negociado em abril de 2011 e apresentado pelo governo em outubro.

 

“Nós estamos em contagem regressiva desde o dia 17 de novembro, quando fizemos uma assembleia e decidimos entrar em estado de greve. A isonomia da carreira deveria ter ocorrido até 30 de setembro, para que em março fosse implementado a primeira etapa do plano. Antes disso, em julho de 2011, também ficou acordado que iria ser implementado o plano de saúde em janeiro deste ano. O que não aconteceu também”, completou Rosilene Corrêa.

 

Governo e sindicato voltaram a se reunir na semana passada para tentar resolver o impasse. Já aconteceram três reuniões, uma delas, inclusive, com o governador Agnelo Queiroz (PT).

 

Com relação ao argumento do GDF, que afirma que corre o risco de atingir um limite prudencial de gastos com pessoal e acabar infringindo a LRF, a dirigente rebate: “Fizemos esse acordo em abril do ano passado. Houve tempo para que o governo se planejasse e fizesse a previsão orçamentária para 2012. Além disso, parte dos recursos da Educação vem do Fundo Constitucional, recursos da União”.

 

Segundo o governo, a rede possui cerca de 500 mil estudantes. O sindicato estima que dos 29 mil trabalhadores do magistério, cerca de 20 mil estão na ativa, incluindo o pessoal que trabalha nas secretarias e no setor administrativo.

 

A próxima assembleia está prevista para 20 de março.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=177881&id_secao=8

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