Professores de instituições federais do Rio fazem ato nesta terça
Professores de instituições federais do Rio fazem ato nesta terça
Cerca de 300 pessoas participaram de um abraço simbólico às universidades e educação pública brasileira na manhã de ontem (11), no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesta terça-feira (12), está marcada uma grande mobilização promovido pelas quatro universidades federais em greve e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), a partir das 13h, em frente à Candelária.
Da Candelária os manifestantes seguirão em caminhada até a Praça XV, onde será instalada uma Universidade na Praça e uma série de atividades de exposição do trabalho desenvolvido pelas universidades e uma aula sobre as razões da greve nacional nas instituições federais.
A programação termina com um ato-show, às 18h, ainda na Praça XV. A Uerj, que entrou recentemente em greve, além dos médicos federais, também participam.
No abraço simbólico feito na instituição, ontem, um tecido branco de aproximadamente 100 metros foi pendurado por alunos e profissionais da educação, em especial da UFRJ e UniRio com o objetivo de manifestar a defesa de uma “educação pública, universal, laica e gratuita” e em apoio ao movimento de greve das universidades federais.
A inspiração da dinâmica veio de uma manifestação realizada na Faculdade de Direito na Universidade Federal de Pernambuco: “A arte tem a vantagem de não ser um discurso, mas ser um ato que mostra o que pensa sobre a universidade. A gente queria abraçar essa ideia da universidade pública, gratuita, laica, ampla, universal. Uma universidade que atenda a todos os alunos com condição. Porque não adianta receber os alunos de qualquer maneira”, explicou a professora de Educação da UFRJ, Andrea Penteado, uma das organizadoras do ato.
“A gente vem lutando pela qualidade do ensino desde o nível mais básico até a universidade. Uma valorização não só no discurso, mas de fato, que passe pela carreira e também por boas condições de trabalho. A gente está trabalhando em salas que faltam carteiras e mesas. Os banheiros não têm papel higiênico, não existe sabonete. A água acaba, falta luz, não encontramos equipamentos. A sociedade discute qualidade de ensino como só qualificação de professores, mas, não raro, a gente encontra docentes qualificados que não tem giz para escrever numa lousa”, afirmou.
Com informações da Associação de Docentes da UFRJ (ADUFRJ)
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=185576&id_secao=8