Professores de Curitiba (PR) entram em greve e fazem protesto
Professores de Curitiba (PR) entram em greve e fazem protesto
JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA
Professores da rede municipal de ensino de Curitiba entraram em greve nesta quarta-feira e realizam no início desta tarde um protesto em frente à prefeitura.
De acordo com o Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba), cerca de 80% das 181 escolas municipais da capital estão sem aulas hoje. Já a prefeitura afirma que a paralisação atinge 77 escolas (42% do total).
Ao todo, Curitiba tem 10.500 professores municipais. Pelo menos 3.400 deles aderiram à paralisação, segundo a prefeitura. Cerca de 140 mil alunos estudam na rede municipal de ensino.
Os professores querem que o piso salarial de R$1.199,91, pago para docentes com curso superior com jornada de 20 horas, aumente para R$ 1.800, entre outras reivindicações.
A prefeitura afirma que a partir de abril o valor vai aumentar para R$ 1.319,90, acima do piso nacional estabelecido pelo MEC (Ministério da Educação) para a categoria. Os sindicalistas, no entanto, consideram o reajuste insuficiente.
No final da manhã de hoje, os professores realizaram uma passeata que saiu de uma praça do centro da capital paranaense e seguiu para a prefeitura. O protesto reuniu cerca de 3.000 pessoas, segundo a Secretaria de Trânsito de Curitiba.
Na tarde de hoje, os professores reunidos em frente à prefeitura realizam uma assembleia para decidir se mantêm a paralisação. Eles devem se reunir com representantes da prefeitura nesta tarde.
PARANÁ
Está prevista para quinta-feira uma paralisação dos professores da rede estadual. A paralisação faz parte de uma greve nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação para protestar contra o não cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério por alguns Estados.
O Paraná paga salário de R$ 1.224 para professores que cumprem jornada de 40 horas semanais. O valor está abaixo dos R$ 1.451 estabelecidos pelo MEC.
Entre hoje e a próxima sexta-feira, estão previstas atividades em 23 Estados e no Distrito Federal para cobrar o cumprimento do piso nacional do magistério.
A CNTE (Confederação Nacional das Trabalhadores em Educação) sugere que durante os três dias as atividades nas escolas sejam suspensas, mas cada sindicato está organizando a mobilização de acordo com a pauta de reivindicação local.