Professores da BA vão recorrer de decisão sobre ilegalidade da greve

Professores da BA vão recorrer de decisão sobre ilegalidade da greve

DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO

Os professores estaduais da Bahia –em greve desde o último dia 11– decidiram nesta segunda-feira que vão recorrer da decisão liminar da Justiça que, na sexta-feira (13), decretou o movimento paredista ilegal.

Os trabalhadores querem que o governo conceda reajuste de 22,22%, percentual de correção do piso nacional.

O Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ricardo D’ Ávila, concedeu a liminar determinando o imediato fim da greve sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

O diretor jurídico do APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), José Lucas Sobrinho, afirmou que entrará com o recurso “o mais breve possível”, mas não soube precisar a data.

De acordo com o diretor de comunicação da entidade, Luciano Cerqueira, o sindicato vai defender a legalidade da greve argumentando que a paralisação foi informada com 15 dias de antecedência e defendendo o cumprimento de um acordo firmado com o governo estadual em novembro do ano passado.

O APLB diz que a adesão à greve é de 80% em todo o Estado. Eles afirmam que cerca de 800 mil alunos estão sem aulas.

Segundo o sindicato, o movimento é mais forte em Salvador, onde calcula que 95% dos professores estão parados. No interior, a adesão é de, no máximo, 75%.

O governador Jaques Wagner (PT) concedeu um reajuste de 6,5% a todos os servidores em fevereiro.

O sindicato cobra do governo o pagamento de 15,72%, que, somado ao reajuste concedido a todos os servidores, alcança o percentual fixado de reajuste do piso nacional do magistério.

Nesta terça-feira (17), os professores vão à Assembleia Legislativa conversar com deputados sobre um projeto de lei do governo do Estado que reajusta o salário de 5.200 professores com formação em nível médio. De acordo com a Secretaria de Educação, o rendimento deles subiria de R$ 1.187 para R$ 1.451. O sindicato alega que o projeto acaba com benefícios.

Na quinta-feira (19), a categoria se reúne em assembleia.

http://www1.folha.uol.com.br/saber/1076938-professores-da-ba-vao-recorrer-de-decisao-sobre-ilegalidade-da-greve.shtml

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