Professores cruzam os braços em todo país
Professores cruzam os braços em todo país
Os professores da rede pública de Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Natal e São Luís cruzaram os braços nesta quarta-feira (4). Eles reivindicam a garantia do reajuste de 22,22% do piso salarial nacional, estipulado pelo Ministério da Educação (MEC), que aumenta o piso para R$ 1.451,00. A categoria também paralisou atividades no estado do Piauí.
A decisão do MEC é retroativa para 1º de janeiro deste ano. A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios, com base na lei federal 11.738, de 16 de junho de 2008. O valor estipulado é para remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de até 40 horas semanais.
Apesar das administrações estaduais e municipais poderem utilizar recursos federais para complementar a folha de pagamento, desde 2008 nenhum comprovou falta de verbas para esse fim.
São Paulo
A estimativa do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), 60% dos trabalhadores aderiram à greve – entre professores, gestores e quadro de apoio. Já a Secretaria da Educação da cidade de São Paulo disse na noite de segunda-feira (2) que a adesão à greve atingiu 10% das unidades.
Em assembleia realizada na tarde de quarta, que reuniu cerca de seis mil professores, segundo o Sindicato dos profissionais do ensino municipal de SP (Sinpeem), a categoria decidiu dar continuidade ao movimento grevista. Eles reivindica a antecipação da aplicação dos índices de reajustes previstos para 2013 (10,19%) e 2014 (13,43%) e a garantia dos funcionários dos Ceis, que cuidam de crianças de 0 a 3 anos, direito às férias em janeiro e aos recessos escolares.
No dia 20 de abril, os professores da rede estadual se reúnem em uma assembleia no Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h, para votar uma paralisação. Eles aguardam uma contraproposta do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). “Se o governo Alckmin não atender nossas reivindicações, greve”, diz um chamado na página do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, educadores infantis das unidades municipais estão em greve desde o dia 14 de março, quando foi realizada a paralisação nacional de professores de três dias em defesa do piso salarial. Em 19 de março, a categoria anunciou que a greve seria mantida.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindrede-BH), os educadores reivindicam equiparação da carreira à de professor da rede municipal, com todas as garantias e benefícios recebidos pelos colegas. O educador infantil recebe R$ 1.030,35, já o professor ganha R$ 1.676,03 pela carga horária semana mínima de 22 horas e 30 minutos.
A prefeitura afirma que cumpre na íntegra a Lei do Piso Salarial Nacional e que encaminhou à Câmara Municipal um Projeto de Lei que propõe transformar o cargo de educador infantil em professor da educação infantil. Entretanto, o Sindrede-BH alega que tal proposta não atende à solicitação dos educadores.
Distrito Federal
Os professores decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 12 de março durante assembleia realizada na manhã de terça-feira (3) na Praça do Buriti. O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) informou que vai se reunir com representantes do GDF para dar continuidade nas negociações para o fim da greve.
A categoria pede aumento salarial para 2013 e 2014. O Sinpro alega que o reajuste concedido em 2011, de 13,83%, equivale ao crescimento do repasse do Fundo Constitucional do DF. A categoria também pede a implantação do plano de saúde para os servidores e a convocação dos docentes aprovados em concurso, além da reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos distritais de ensino superior.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=179997&id_secao=8