Procuradoria denuncia trabalho análogo à escravidão em Campos (RJ)
Procuradoria denuncia trabalho análogo à escravidão em Campos (RJ)
DE SÃO PAULO
O Ministério Público Federal no Rio denunciou à Justiça trabalho análogo à escravidão flagrado em uma fazenda de cana de açúcar em Campos no Estado do Rio de Janeiro.
A fiscalização constatou que os trabalhadores da fazenda Lagoa Limpa estavam sem água potável e instalações sanitárias. Também não havia equipamentos de proteção, como luvas e botas, em quantidade suficiente para todos os empregados. E não havia condições adequadas para realizar refeições.
Segundo a denúncia apresentada à Justiça, não foram respeitados todos direitos trabalhistas como registro em carteira.
A denúncia foi feita pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira e aceita pela 2ª Vara Federal em Campos (RJ) contra o proprietário da fazenda Lagoa Limpa e seus sócios por submeterem os trabalhadores a condições análogas à escravidão e omitir dados de suas carteiras de trabalho.
“O recebimento da denúncia é mais um passo, importante, no combate ao trabalho escravo. É preciso enfrentar qualquer prática que nos remeta à violação de direitos há muito consagrados”, disse o procurador.
Se condenados, o proprietário Walter Lysandro Godoy e seus sócios Paulo Sérgio Passos Queiroz e Jair Rodrigues dos Santos podem pegar até 200 anos de prisão, segundo a Procuradoria.
A reportagem não conseguiu encontrar os donos da fazenda até a publicação desta notícia.