PRIMEIRA REUNIÃO DA ONU-MULHER DEBATE ACESSO A CIÊNCIA
PRIMEIRA REUNIÃO DA ONU-MULHER DEBATE ACESSO A CIÊNCIA
A igualdade de gênero e de acesso das mulheres à ciência e tecnologia marca nesta quarta-feira (23) a 55ª sessão da Comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher.
A discussão de políticas nesta área centra a atenção do primeiro painel do encontro anual desse organismo da ONU, inaugurado na terça-feira (22) na sede da organização mundial, em Nova York.
Na abertura da reunião, a secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, destacou a importância da educação na elevação da condição das mulheres na sociedade e advertiu que mais de dois terços dos adultos analfabetos do mundo são femininos.
Ela argumentou que muitas meninas abandonam a escola sem obter conhecimentos básicos e habilidades básicos, necessários para a competitividade no mercado de trabalho atual.
“As mulheres estão sub-representadas nas áreas da ciência, da tecnologia, da educação e do emprego”, afirmou.
Michelle Bachelet
Na mesma linha, a titular da nova agência ONU-Mulher, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, informou que apesar dos êxitosos em alguns aspectos as mulheres ainda são vítimas de tráfico e as meninas são tiradas da escola para que se casem.
Ele lembrou que no âmbito mundial poucas mulheres atingem os postos de tomada de decisões sobre questões fundamentais como a paz, o comércio e as alterações climáticas.
Bachelet convocou o órgão a trabalhar para ampliar a voz das mulheres, sua liderança e participação, e a transformar a questão da igualdade de gênero em uma prioridade nos níveis nacional, local e setorial.
Pautas
A agenda da reunião da comissão da ONU também discutirá a necessidade de eliminar a discriminação e a violência contra meninas e a relação entre a igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável.
Outras questões estão relacionadas com a eliminação das mortes maternas que podem ser evitadas, as mulheres rurais como uma força para a erradicação da pobreza e da fome, e a incorporação da perspectiva de gênero na elaboração, execução e avaliação de políticas e programas nacionais.
Como temas específicos aparecem a situação das mulheres palestinas; a mulher, a menina e o HIV/Aids; a violência contra a mulher; os direitos humanos e a eliminação da mortalidade e da morbidade maternas.
Esta é a primeira reunião da comissão após a entrada em vigor, no último janeiro, da agência da ONU-Mulher, cujo nome oficial é Entidade para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone
FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=148283&id_secao=9