PRESOS RECLAMAM DE PRECARIEDADE EM PRESÍDIOS DE CUIABÁ (MT)

PRESOS RECLAMAM DE PRECARIEDADE EM PRESÍDIOS DE CUIABÁ (MT)

CUIABÁ – Detentos do Presídio Central do Estado Pascoal Ramos denunciaram graves problemas durante inspeção inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na unidade de presos provisórios de Cuiabá (MT). Segundo eles, a limpeza encontrada no prédio foi motivado pela vistoria do CNJ.  Em um dia comum, eles dizem que o chão estaria forrado por restos de comida, o que empestearia o ambiente de moscas. Reclamações incluem a permanência de presos em regime fechado quando já deveriam viver em liberdade condicional. 

O supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF/CNJ), conselheiro Walter Nunes, vistoriou três unidades prisionais da capital mato-grossense: Pascoal Ramos, Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May e o Centro de Ressocialização de Cuiabá. A lista de reclamações dos detentos é extensa: inclui desde falta de assistência médica à inexistência de água nas celas, proibição de entrada de aparelhos de televisão e suspensões eventuais do direito ao banho de sol diário. 

De acordo com Nunes, uma das frases recorrentes ouvidas pelos corredores da unidade é: “Nós erramos e estamos pagando por isso, mas não podemos ser tratados como animais”.

Contêineres 

Embora as celas sejam construídas parcialmente com alvenaria, o Conselho afirma que o local assemelha-se com os contêineres encontrados em Marituba, Região Metropolitana de Belém (PA). “Precisamos ser francos. Não podemos usar eufemismos para classificar essa situação”, afirmou o conselheiro. “Não é uma questão de nomenclatura”, completa o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Márcio Fraga.

A direção do presídio reconheceu a carência de pessoal. “São 14 policiais militares trabalhando por turno e entre 12 e 16 agentes carcerários, por dia. O número ideal seria 30 agentes por dia”, afirmou a direção.  O Governo do Estado declarou que está prevista, para este ano, a contratação de 1,4 mil agentes para o sistema prisional do Estado.

 

FONTE: http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?idN=118727

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