POLÍTICAS DE INCLUSÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA UFMA
Criar e monitorar políticas públicas inclusivas para pessoas com deficiência tem sido um desafio para a educação no Brasil. Faltam profissionais habilitados em sala de aula e infraestrutura nas Instituições de Ensino para receber os estudantes. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), até o ano de 2008, apenas 0,05% dos portadores de necessidades especiais no país tinham acesso à educação superior, desses, 1.788 em instituições públicas do país.
Para incentivar e garantir a permanência destes alunos na UFMA, a Instituição criou, em 2010, o Núcleo de Acessibilidade. O setor presta atendimento aos alunos intermediando a relação entre eles, professores e funcionários, estimulando o convívio.
A intenção é criar mecanismos que ajudem a driblar as dificuldades enfrentadas no dia a dia, como as barreiras físicas e arquitetônicas. De acordo com a PRECAM, todos os novos prédios construídos na UFMA, desde 2008, são voltados à política da acessibilidade. Hoje, é possível visualizar novas rampas de acesso e banheiros adaptados nos Centros Acadêmicos, bibliotecas setoriais e no Restaurante Universitário.
Atualmente, a UFMA mantém 107 estudantes matriculados e 21 técnicos-administrativos com algum tipo de deficiência. Para os alunos com baixa visão, o Profº Dr° do Departamento de Desenho e Tecnologia e coordenador do Núcleo de Acessibilidade, Evandro Guimarães, criou uma lupa eletrônica para indivíduos com no mínimo 15% de visão. O produto composto por uma Webcam, saboneteira e dois pares de roda de carrinho de brinquedo sai por um preço bem mais acessível se comparado aos equipamentos disponíveis no mercado. “A maioria das lupas é utilizada em aparelhos de televisão, que possuem emuladores e câmera de alta precisão, o que torna o equipamento muito caro e com pouco acesso para a maioria dos deficientes. Um equipamento como este custa em torno de R$ 1.300 a R$ 1.500 no mercado e o que desenvolvi na UFMA apenas R$ 42,00, explica o Professor.
Confira o vídeo produzido pelo Núcleo de TV/ASCOM sobre este assunto:
O projeto de inclusão na UFMA também contempla programas de assistência aos alunos com cegueira total. Seis técnicos auxiliam na tradução de provas e textos. Para alunos surdos, a Universidade disponibiliza quatro técnicos que fazem a tradução simultânea em libras dentro das salas de aula. Na área audiovisual, o próprio vídeo institucional já apresenta este recurso. Em relação ao número de vagas na graduação presencial, a Instituição reserva 1% em cada curso para estudantes com deficiência.
FONTE: http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=10659