ONU reitera que água é um direito humano

ONU reitera que água é um direito humano

 

No Dia Mundial da Água, a ONU cobrou dos países membros que não voltem atrás, durante a Rio+20, nas suas decisões de reconhecer o direito à água e ao saneamento como um direito humano.

 

A demanda foi exposta pelas relatoras especiais das Nações Unidas sobre água e saneamento, extrema pobreza e moradias, Catarina de Albuquerque, Magdalena Sepúlveda e Raquel Rolnik.

 

as especialistas alertaram sobre o aumento do número de pessoas que vivem em cidades e não têm acesso à água nem a serviços sanitários seguros, que quase sempre são as mais marginalizadas, excluídas e discriminadas.

 

Afirmaram que esse fenômeno “não é simplesmente um lamentável subproduto da pobreza, mas o resultado de decisões políticas que os excluem e deslegitimam sua existência, o que perpetua sua pobreza”.

 

Também denunciaram que em ocasiões os bairros pobres são considerados ilegais e as autoridades proíbem ou se negam a ampliar esses serviços a seus habitantes.

 

“A água e o saneamento são direitos humanos que devem ser garantidos a toda pessoa sem discriminação”, destacaram as relatoras.

 

Nesse sentido, reclamaram aos governos que garantam que os habitantes sem lar tenham acesso a esses serviços, incluídos a água e o sabão para a higiene básica, além de assistir na busca de uma moradia segura.

 

O direito humano à água e o saneamento exige que esses serviços essenciais estejam disponíveis, acessíveis, aceitáveis e seguros para todos, concluíram as relatoras da ONU

 

“Alguns Estados, incluindo o Canadá e o Reino Unido, estão, aparentemente, propondo a remoção de algumas referências explícitas ao direito à água e ao saneamento para todos no primeiro rascunho do documento final da Rio+20”, disse Catarina.

 

Para a relatora,”a Rio+20 e as metas de desenvolvimento do milênio após 2015 não devem trair os compromissos anteriores sobre o direito à água e ao saneamento. Já é tempo para se concentrar na população mundial que só tem acesso à água suja e insegura e ao saneamento inadequado”. .

 

“No contexto da agenda da Rio+20, quem não quer um futuro onde cada indivíduo goze de água potável? Quem não quer um futuro onde ninguém morra devido à água contaminada? Quem não quer erradicar a indignidade e a humilhação da defecação a céu aberto?”

 

Para ela, é fundamental trabalhar para aumentar os compromissos com o direito humano à água e ao saneamento. “Precisamos falar para os milhões que são marginalizados e esquecidos. Há pessoas dormindo nas ruas, meninas que andam quilômetros para buscar água todos os dias, meninos que abandonam a escola por causa da diarreia e todas as pessoas que não têm acesso a água por causa de suas deficiências.”

 

Com agências

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=178824&id_secao=10

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *