ONU MANTÉM FORÇA NA COSTA DO MARFIM

ONU MANTÉM FORÇA NA COSTA DO MARFIM

O SECRETÁRIO-GERAL da ONU, Ban Ki-moon, rejeitou, sábado, o pedido do presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, para retirar as tropas internacionais do país, advertindo-o “das consequências” se lançar um ataque contra essas forças. A missão da ONU na Costa do Marfim (ONUCI) vai “cumprir o seu mandato e continuará a supervisionar todas as violações dos direitos do Homem, as incitações ao ódio, ou os ataques contra os capacetes azuis”, indicou um comunicado do porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas.

Gbagbo pediu sábado a partida “imediata” da ONUCI e da força militar francesa Licorne, de acordo com um comunicado do seu Governo lido na TV estatal.

A operação da ONU conta com cerca de 10 000 capacetes azuis e com a força Licorne da ex-potência colonial francesa, composta por cerca de 900 homens.

Ban Ki-moon “está profundamente inquieto com os ataques contra uma patrulha da ONU e sentinelas perpetrados no bairro geral da ONUCI por elementos das forças de segurança costamarfinenses aparentemente leais a Gbagbo e com o ataque de sábado a observadores militares da ONU por jovens patriotas, que feriu dois observadores”, acrescentou o texto. “Haverá consequências para os que perpetraram ou organizaram tais acções, ou que o vão fazer no futuro”, preveniu o comunicado da ONU.

A sede da ONUCI foi alvo de tiros por parte “de homens armados vestidos com uniformes militares” na noite de sexta-feira em Abidjan, de acordo com a missão.

O Exército fiel a Laurent Gbagbo acusou sexta-feira a ONUCI de apoiar militarmente as forças que suportam o seu rival, Alassane Ouattara.

Abidjan foi quinta-feira palco de violentos confrontos entre os dois campos, com vários governos ocidentais a lançarem um ultimato a Gbagbo para se demitir e sair do país dentro de dias, sob pena de enfrentar sanções financeiras, segundo fonte da Casa Branca. De acordo com um oficial da administração de Barack Obama, que pediu para não ser identificado, os Estados Unidos, a França, a União Africana e as Nações Unidas passaram a mensagem ao presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de que “tem de sair até final da semana”.

 

FONTE: http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=7423&Itemid=78

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