ONU CONDENA VIOLÊNCIA NA COSTA DO MARFIM
ONU CONDENA VIOLÊNCIA NA COSTA DO MARFIM
Fonte: Jornal Notícias
O CHEFE da missão da ONU na Costa do Marfim (ONUCI), Choi Youn-jin, denunciou ontem o aumento de actos hostis por partidários do Presidente cessante, Laurent Gbagbo.
“Desde 15 de Dezembro, partidários de Gbagbo incrementaram actos hostis contra a comunidade internacional, incluindo o corpo diplomático, os capacetes azuis da ONUCI e as forças francesas da Operação Unicórnio”, assinalou Choi num comunicado.
O chefe da ONUCI também denunciou o reforço dos controlos na estrada de acesso ao Hotel Golf, onde fica a sede de Alassane Ouattara, adversário de Gbagbo nas eleições realizadas em 28 de Novembro.
A retirada dos capacetes azuis da ONUCI, assim como dos soldados franceses que participam na Operação Unicórnio, foi exigida no fim-de-semana por Gbagbo, que os acusa de apoiar militarmente Ouattara, reconhecido como vencedor das eleições por quase toda a comunidade internacional. Ainda ontem Ouattara exortou a ONU a reforçar o seu mandato de manutenção da paz para ajudar a reprimir “uma luta violenta pelo poder que já causou mais de 50 mortes” na Costa do Marfim.
Gbagbo desafia as pressões para deixar o cargo desde a eleição de 28 de Novembro que outros países dizem que ele perdeu, e os seus partidários prometem lutar até a morte, depois de tropas da ONUCI e da França terem negado o seu pedido para deixar o país.
Em Bruxelas, fontes diplomáticas disseram que a União Europeia concordou que Gbagbo e outras 18 pessoas enfrentarão medidas punitivas a serem anunciadas formalmente amanhã e que podem incluir o congelamento dos seus bens e a proibição de viajar.
O Conselho de Segurança da ONU deve rever os termos pelos quais a força de paz da entidade, com 10 mil homens, vai levar adiante a sua presença no país. O mandato actual da força termina no fim deste mês.
No domingo a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillary, citou evidências de violações “maciças” dos direitos humanos cometidas na Costa do Marfim, afirmando que mais de 50 pessoas foram mortas nos últimos três dias e suscitou receios sobre relatos de mortes de pessoas detidas.
FONTE: http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=7430&Itemid=78