OCDE PREVÊ ESTABILIDADE NA EUROPA E DESACELERAÇÃO NO BRASIL

OCDE PREVÊ ESTABILIDADE NA EUROPA E DESACELERAÇÃO NO BRASIL

Os sinais que apontam para uma desaceleração econômica em grandes economias emergentes, como Brasil e Índia, e para uma estabilização da atividade na zona do euro estão sendo reforçados, segundo os indicadores compostos avançados publicados nesta segunda-feira pela OCDE.

Estes indicadores, que a OCDE publica uma vez ao mês, são integrados por uma série de variáveis que conseguem antecipar, em um período de seis a nove meses, os pontos de inflexão dos ciclos econômicos.

O indicador de outubro para o conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu um centésimo no último mês, ficando em 102,6 pontos.

O Brasil, que se situou em 98,9 pontos, caiu três centésimos e foi o país que teve a pior estimativa, seguido da Índia (-0,2 inteiros e 100,6 pontos).

Também em negativo e com quedas de um centésimo cada se situaram Reino Unido (102,3 pontos), Itália (103,1 pontos), Alemanha (105,2 pontos), Japão (102,6 pontos) e Canadá (101,7 pontos).

No outro extremo ficou a Rússia, que avançou 0,7 pontos para chegar aos 105,5 inteiros, e segue como o país com melhores perspectivas do indicador no último ano (com um avanço de 8,3 pontos frente aos 3,3 pontos para o conjunto da OCDE).

China e Espanha

Também em positivo ficou situada a China, que avançou 0,6 pontos até os 101,9 inteiros e reforçou a tendência iniciada um mês antes, e Estados Unidos, cujo avanço foi de 0,3 pontos, até os 102,3 inteiros.

A Espanha, que se manteve sem mudanças em setembro, sofreu na atualização dos indicadores compostos uma ligeira redução de 0,06 pontos até os 103,13 inteiros, enquanto a correção para o México em outubro foi de 0,04 pontos até os 101,59.

As previsões da OCDE nem sempre correspondem à realidade. O órgão não foi capaz de prever a crise da dívida na Europa e suas repercussões. A expectativa de recuperação no velho continente pode se revelar mais uma ilusão e tem forte motivação ideológica, já que vai ficando claro para muitos que a recuperação dos elos mais frágeis da corrente imperialista europeia (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, entre outros países) só virá com a saída da zona do euro, o que significaria um forte revés para a moeda única e a unificação econômica da região. 

Já a previsão para a evolução econômica do Brasil pode ou não ser corroborada pela realidade, dependendo da política econômica que o governo Dilma vier a adotar.

Da redação, com agências

 

FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=143646&id_secao=2

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