OBAMA MANDA REVER REGRAS PARA PROMOVER A ECONOMIA

OBAMA MANDA REVER REGRAS PARA PROMOVER A ECONOMIA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou ontem uma revisão da regulamentação governamental para assegurar que toda uma série de normas não acabe por prejudicar o crescimento no sector do emprego e a expansão económica, num novo incentivo ao sector empresarial.
Obama assinou um decreto executiva elaborado para esclarecer que as regras de regulação governamental não devem impedir o crescimento económico, ao mesmo tempo que prometeu apoiar o empresariado, especialistas e cidadãos neste processo.
“A regulação tem custos. Geralmente, como país, devemos tomar decisões difíceis sobre se esses custos são necessários”, escreveu Obama em artigo publicado no “Wall Street Journal”.
“Mas é claro que podemos manter um equilíbrio correcto. Podemos tornar a nossa economia mais forte e mais competitiva, ao mesmo tempo que cumprimos com nossas responsabilidades fundamentais de uns para com os outros”, acrescentou o presidente.
No seu artigo, o presidente americano, que foi acusado de ser reticente em relação às grandes empresas, prometeu que vai procurar formas mais acessíveis e menos intrusivas de estabelecer regras, acrescentando que também vai eliminar a burocracia absurda e desnecessária. No entanto, advertiu que o seu governo não deixará de atender a áreas que requerem novas regras, como normas de segurança para o leite infantil e para deter as infecções em hospitais.

Diálogo com a China

Obama esperava ontem a chegada a Washington do presidente chinês, Hu Jintao, com uma agenda carregada de profundas diferenças no plano económico, em termos de direitos humanos e temas geopolíticos pendentes.
O programa de Hu Jintao previa um jantar privado com o presidente Barack Obama na Casa Branca, antes de iniciar a visita oficial propriamente dita. O presidente chinês recebe hoje honras militares, antes de um novo encontro com Obama na Sala Oval, participando em seguida num jantar de Estado – o terceiro concedido por Obama a um presidente estrangeiro em dois anos de presidência.
A presença de Hu Jintao pode representar o início de uma viragem  nas relações entre as duas potências – é a sua última visita aos Estados Unidos antes de começar uma transição política na China, que chegará ao auge com a eleição de um novo líder, em 2013. Obama pode exibir durante o encontro a recuperação económica, enquanto Hu chega apoiado num crescimento imcomparável, que estende o poder chinês por todo o mundo.
A Casa Branca planeou a visita minuciosamente, sem se esquivar das áreas de divergência, mas ao mesmo tempo disposta a apontar um horizonte carregado de possibilidades para as duas potências. A própria secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou na semana passada que quer a ajuda da China para ajudá-la a moderar a tensão na Peníncula da Coreia.
Altos funcionários do Conselho de Segurança Nacional dos EUA acham que a pressão sobre Pequim pode estar a começar a trazer resultados. Hillary falou abertamente na semana passada sobre a China: “Ambos temos muito mais a ganhar com a cooperação do que com o conflito”, disse.
Os direitos humanos continuam a ser um dos eixos da diplomacia americana. O assunto especialmente delicado é o Prémio Nobel da Paz, o chinês Liu Xiaobo,  mas a China também tem na sua agenda de contas pendentes a visita do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, a Washington, no ano passado.
Entre ambos os países há também razões para optimismo, como a decisão chinesa de flexibilizar a cotação do yuane.

 

FONTE: http://jornaldeangola.sapo.ao/13/0/obama_manda_rever_regras_para_promover_a_economia

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