NOVOS DADOS INDICAM FRAGILIDADE DA RECUPERAÇÃO NOS EUA
NOVOS DADOS INDICAM FRAGILIDADE DA RECUPERAÇÃO NOS EUA
Novos dados sobre as atividades econômicas dos Estados Unidos indicam que o país ainda não superou a crise e que a frágil recuperação anunciada no segundo semestre do ano passado está dando lugar à estagnação e aumentando a preocupação com a possibilidade de um duplo mergulho na recessão. Registra-se queda de dois índices: a Confiança do Consumidor e o Índice de Atividade Nacional.
O Índice de Atividade Nacional do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) registrou -0,57% ponto em agosto ante -0,11% em julho. O órgão constatou queda em todas as categorias analisadas.
Na média dos últimos três meses, o índice recuou 0,15 ponto para -0,42. Em julho, a média teve queda de 0,16 ponto, para -0,27. Nenhum dos indicadores contribuiu positivamente para o índice. Os dados de produção tiveram influência neutra em agosto, enquanto em julho haviam contribuído com alta de 0,23.
Indicadores do mercado de trabalho puxaram o índice para baixo, com contribuição negativa de -0,12, ante 0,09 em julho. Já o grupo de indicadores de consumo e habitação contribuiu com queda de -0,40 ponto.
O Índice de Atividade Nacional é uma média ponderada de 85 indicadores da economia americana, que medem produção, renda, emprego, horas de trabalho, consumo, gastos com moradia e vendas.
O indicador é construído de modo que um valor igual a zero indica crescimento da atividade na média. Um valor positivo, portanto, indica que a atividade cresceu acima da média histórica. Os valores negativos refletem recuo no ritmo de expansão, estagnação ou queda.
Consumidor arisco
A confiança do consumidor nos Estados Unidos recuou em setembro após ter apresentado melhoria um mês antes. Levantamento do Conference Board apontou que o índice que mede esse sentimento ficou em 48,5 agora, seguindo os 53,2 de agosto. O indicador da situação presente saiu de 24,9 para 23,1 e o índice de expectativas diminuiu de 72 para 65,4.
“A queda na confiança em setembro se deveu a condições menos favoráveis no mercado de trabalho e nos negócios, associadas com perspectivas de curto prazo mais pessimistas”, avaliou Lynn Franco, diretora do Centro de Pesquisa ao Consumidor do instituto de pesquisas.
Ela acrescentou que, de maniera geral, a confiança dos consumidores na economia permanece ruim e que há pouco expectativa de melhoria no curto prazo.
O levantamento é feito com base em uma amostra de 5 mil consumidores nos Estados Unidos. Ao lado do Índice de Atividade Nacional do Fed, a queda da confiança do consumidor revela a fragilidade da economia estadunidense, que ainda não se recuperou da recessão iniciada em dezembro de 2007.
Com agência
FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=2&id_noticia=138095