NAÇÕES PARCEIRAS RECEBEM R$ 3 BI EM RECURSOS BRASILEIROS DE 2005 A 2009
NAÇÕES PARCEIRAS RECEBEM R$ 3 BI EM RECURSOS BRASILEIROS DE 2005 A 2009
O Brasil investiu cerca de R$ 2,9 bilhões para o desenvolvimento de outros países. É o que revela o estudo de Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional: 2005-2009, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira (12), em Brasília.
O documento, o primeiro dessa natureza realizado pelo governo brasileiro, levantou dados referentes às contribuições para organizações internacionais, bancos regionais, assistência humanitária, bolsas de estudos e cooperação técnica.
O montante referente aos recursos liberados para as organizações internacionais e para os bancos regionais ficou com 76% do total investido – ou aproximadamente R$ 2,1 milhões.
Os 24% restantes foram direcionados para os projetos de assistência humanitária, bolsas de estudos e cooperação técnica. Essas modalidades de cooperação praticamente dobraram entre 2005 e 2009, passando de R$ 348,2 milhões para mais de R$ 724 milhões.
Os investimentos em assistência humanitária e a cooperação técnica aumentaram em seis vezes o valor registrado em 2005, saltando de R$ 28,9 milhões para R$ 184,8 milhões em 2009.
Para os economistas do Ipea “a sextuplicação de recursos aplicados nessas duas modalidades constitui um sinal inequívoco da crescente importância que o Brasil vem atribuindo à cooperação internacional, em um marco global de desenvolvimento econômico e social”.
As bolsas de estudo para estrangeiros, outra modalidade na qual o Brasil é tradicional cooperante, participaram do volume investido em cerca de R$ 284 milhões.
As contribuições para organizações internacionais contaram também com aumento de recursos, passando de cerca de R$ 300 milhões, em 2005, para aproximadamente R$ 500 milhões em 2009.
De acordo com o presidente do Ipea, Mácio Pochmann, “a cooperação horizontal do Brasil para o desenvolvimento tem, portanto, resultados positivos a relatar, os quais demonstram ser alinhados com o objetivo último de se promover mudanças estruturais sustentadas nos processos desenvolvimento social e econômico das nações parceiras do País”.
O levantamento foi feito pelo Ipea, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o apoio da Casa Civil. O documento apresentado na sede do Ipea contou com a participação do diretor da ABC, ministro Marco Farani, e do coordenador-geral de Estudos em Relações Econômicas e Políticas Internacionais do instituto, Marcos Antonio Macedo Cintra.
Fonte:
Portal Brasil