MULTINACIONAL EXPLORA TRABALHADORES(AS) TOGOLESES(AS)

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CUT protesta contra as práticas antissindicais da farmacêutica britânica Sprukfield no Togo

Em nota oficial enviada ao Primeiro Ministro da República do Togo, Sr. Gilbert Fossoun Houngbo, a CUT – Central Única dos Trabalhadores declara a sua preocupação em relação às práticas antissindicais cometidas pela empresa britânica do setor farmacêutico Sprukfield no país e pede a intervenção governamental para a solução dos problemas. 

Segundo os relatos recebidos pela CUT, a empresa sempre se recusou a responder as demandas de seus trabalhadores(as). Entre as principais práticas abusivas mencionadas estão: excessivas horas de trabalho com empregados(as) trabalhando em máquinas nove horas por dia e seis dias por semana, falta de pagamento de horas extras de acordo com as taxas legais estabelecidas, ausência de licença maternidade e de qualquer tipo de afastamento remunerados, falta de contratos de trabalho e de folhas de pagamento, ausência de medidas de segurança apropriadas em suas instalações e a denúncia de que a empresa contribui para o fundo de seguridade social para apenas 2% de seus empregados.

Registros de diversas demissões de sindicalistas e intervenções irregulares em greves, como a proibição de acesso às instalações da empresa e contratação de novos trabalhadores(as) para preencher os postos de grevistas também são práticas recorrentes da multinacional britânica no território Togolês. A greve realizada em novembro de 2010 resultou na demissão de três representantes sindicais e de 117 trabalhadores(as), que ficaram sem pagamento e sem, inclusive, notificação oficial de suas demissões. 

 “As condições de trabalho às quais os(as) trabalhadores(as) togoleses(as) estão expostos são inaceitáveis”, enfatizou o secretário de relações internacionais da central, João Antonio Felicio. A CUT pede a urgente intervenção do governo Togolês junto à empresa Sprukfield para que a reintegração dos 120 trabalhadores(as) seja garantida, assim como o pagamento dos salários para os meses em que foram impedidos de trabalhar e o respeito aos direitos fundamentais do trabalho, incluindo direitos sindicais.

 

FONTE: http://www.cut.org.br/destaque-central/44149/multinacional-explora-trabalhadores-as-togoleses-as

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