MST faz mobilização em frente ao Ministério do Planejamento
MST faz mobilização em frente ao Ministério do Planejamento
DE SÃO PAULO
Cerca de 1.500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) estão acampados em frente ao Ministério do Planejamento desde as 9h30 desta quinta-feira (19). Segundo o movimento, eles estão no lugar para pedir uma audiência com ministra Miriam Belchior para discutir o corte de recursos para a reforma agrária.
Não houve conflitos, segundo a Polícia Militar. A estimativa do número de integrantes mobilizados é do MST.
“Queremos medidas concretas para a reforma agrária, o desenvolvimento dos assentamentos, além de políticas para a educação no campo. O contingenciamento de 70% do orçamento da reforma agrária é uma afronta às milhares de famílias acampadas neste país, algumas há mais de 15 anos, que precisam de terra para produzir alimentos saudáveis, créditos e escolas”, disse Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST.
Na madrugada de segunda-feira (16), este mesmo grupo invadiu um prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e só deixou o local no dia seguinte, mediante ação de reintegração de posse solicitada pela AGU (Advocacia-Geral da União).
As ações fazem parte da chamada “Jornada nacional de lutas por reforma agrária”, promovida todos os anos pelo movimento no mês de abril.
O período, conhecido por Abril Vermelho, relembra o assassinato de 21 sem-terra em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996.
Os manifestantes também reclamam da demora no processo de reforma agrária no país e pedem agilidade do governo federal.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o ministro Pepe Vargas deve anunciar hoje às 17h quais reivindicações do MST serão acatadas pela pasta. Representantes do movimento devem ter audiência nesta tarde com Vargas no ministério.
MACEIÓ
Cerca de 100 integrantes do MST invadiram o prédio da superintendência do Banco do Nordeste, no centro de Maceió (AL), por volta das 9h.
Um grupo do movimento está reunido com representantes da instituição. A pauta de reivindicações inclui maior investimento para desapropriar terras no país.
Segundo o MST, a invasão foi tranquila e não houve confronto. O Banco do Nordeste foi procurado, mas ainda não se posicionou sobre a ocorrência.
Uma das principais reclamações do movimento é que o governo deixou a reforma agrária de lado. No site do MST, eles dizem que o processo “estagnou”.
