Movimento entrega 11 mil assinaturas contra aumento de vereadores em Araraquara
Movimento entrega 11 mil assinaturas contra aumento de vereadores em Araraquara
JOÃO ALBERTO PEDRINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Um movimento popular de Araraquara (273 km de São Paulo) pretende entregar nesta terça-feira (22), às 15h, durante sessão ordinária da Câmara, um abaixo-assinado contendo ao menos 11 mil assinaturas contrárias ao reajuste salarial dos vereadores e ao aumento no número de cadeiras para a próxima legislatura.
No mês passado, os parlamentares aprovaram reajuste de 60% nos vencimentos, de R$ 5.000 para R$ 8.000. Em agosto de 2011, a Câmara aprovou a elevação do número de vereadores para as próximas eleições, passando de 13 para 18.
O comerciante Fernando Mauro, um dos organizadores do movimento Reage Araraquara, disse que o grupo reivindica a manutenção do valor atual dos salários e do número de vereadores na Câmara.
“A cidade não precisa de 18 vereadores. Treze é um número suficiente. O salário de R$ 8.000 também é alto. Isso acaba sendo muito oneroso para a população”, disse.
Ele afirmou que a manifestação nesta terça é aberta a quem tiver interesse em participar, desde que as pessoas não usem o ato como pretexto para “mostrar preferências partidárias”.
De acordo com Mauro, o movimento prega que as manifestações sejam desprovidas de interesses políticos.
O comerciante disse acreditar que a reivindicação do Reage Araraquara não deve ser atendida em sua totalidade, mas que haverá diminuição, tanto dos salários quanto da quantidade de cadeiras na Câmara.
Em um protesto ocorrido há duas semanas, o mesmo grupo lavou a escadaria da Câmara, em um ato simbólico de “limpeza” do Legislativo.
OUTRO LADO
O presidente da Câmara de Araraquara, Aluisio Braz (PMDB), o Boi, disse que, até o momento, os vereadores aguardam a reivindicação do grupo para discutir o assunto. “Depois de receber o pedido da população é que vamos discutir, saber qual será o impacto no Legislativo. A partir daí, podemos pensar no que fazer”, comentou.
Ele diz considerar a manifestação legítima e aponta que todo o debate é válido, acrescentando que pode, sim, haver alterações nas duas decisões da Câmara.
“Se os vereadores discutirem e entenderem que deve haver as reduções, isso pode acontecer. Há meios legais para isso.”