MOTIM MILITAR ELEVA PRESSÃO SOBRE SOBRE PRESIDENTE DE MADAGASCAR
MOTIM MILITAR ELEVA PRESSÃO SOBRE SOBRE PRESIDENTE DE MADAGASCAR
Militares rebeldes continuam aquartelados.
Presidente Andry Rajoelina chegou ao poder em golpe
Da Reuters
Um pequeno grupo de soldados rebeldes que ameaçava derrubar o governo de Madagascar permanece aquartelado nesta quinta-feira (18), enquanto cresce a pressão política sobre o presidente Andry Rajoelina.
O presidente mais jovem da África, de 36 anos, que chegou ao poder por meio de um golpe em março de 2009 e realizou um referendo na quarta-feira para legitimar seu mandato, disse que os rebeldes e os líderes militares que os apoiaram formam uma minoria irrelevante.
A capital, uma cidade com uma desgastada grandeza colonial francesa, permanece calma, e o aeroporto, que os rebeldes haviam ameaçado tomar, funciona normalmente, sem nenhuma presença visível de tropas.
O ex-presidente Albert Zafy, que tentava mediar um acordo de coalizão entre Rajoelina e Marc Ravalomanana, o presidente deposto em 2009, disse que Rajoelina deveria se demitir.
‘Apoiamos a ação dos oficiais rebeldes. Andry Rajoelina e (o primeiro-ministro) Camille Vital deveriam renunciar, e não se aferrar ao poder’, disse Zafy à Reuters.
‘Se há oficiais que dizem coisas ruins, é porque a corrupção, o desgoverno e o desrespeito pelas pessoas estão provados’, disse Zafy.
Os cerca de 20 oficiais rebeldes disseram na quarta-feira que criaram um conselho militar para governar o país, uma enorme ilha na costa africana do oceano Índico.
Mas a cúpula militar declarou lealdade ao governo e prometeu reprimir o motim.
‘Houve uma carta ameaçando-me de morte se eu não renunciar. Graças a Deus ainda estou aqui,’ disse Rajoelina na noite de quarta-feira.