MOÇAMBIQUE E SUAZILÂNDIA PRECAVÊM INCIDENTES FRONTEIRIÇOS

MOÇAMBIQUE E SUAZILÂNDIA PRECAVÊM INCIDENTES FRONTEIRIÇOS

 TRÊS casos de violação de fronteira por parte de militares swázis foram registados nos últimos tempos, na zona de Namaacha, província do Maputo. Segundo dados revelados pelo administrador de Namaacha, Domingos Junqueiro, no decurso da visita de trabalho que o vice-ministro do Interior, José Mandra, efectua àquela parcela do país, os casos tiveram lugar na linha que separa Lomaacha, Suazilândia, e Namaacha, Moçambique, actos protagonizados por militares que guarnecem a linha fronteiriça do lado do país vizinho.

De acordo com Junqueiro, das três vezes que foram reportados os incidentes, os militares alegaram estar atrás de supostos contrabandistas moçambicanos. Para além de danificarem parte da rede de vedação com cerca de 3800 metros que separa os dois países nas províncias de Lomaacha e Namaacha, os militares chegaram a disparar dentro do nosso território mas sem fazer vítimas humanas no grupo de “mukheristas”.

Como forma de resolver o incidente, o administrador revelou que foram criadas comissões de trabalho dos dois lados para encontrar uma saída para o problema, este processo que contou com a intervenção do alto-comissário moçambicano na Swazilândia. Actualmente, decorrem encontros com vista não só a pôr fim este tipo de incidentes, mas também de modo a responsabilizar todos aqueles que protagonizam tais desmandos.

O vice-ministro do Interior, José Mandra, congratulou-se e renovou o apelo para que as forças nacionais não responderem com tiros as violações dos militares swázis. Segundo ele, o mais importante é privilegiar o diálogo de modo a que se encontre uma solução e se fortaleçam os laços de irmandade e boa vizinhança entre os dos povos.

Por outro lado, segundo ele, é fundamental que se fortifiquem acções de fiscalização com vista a evitar fuga ao fisco. Para Mandra, é imperioso que se combata o contrabando para que todos paguem os seus direitos e contribuam para o aumento da receita do Estado.

José Mandra está a trabalhar na província do Maputo no âmbito do apoio e controlo às diferentes unidades policiais e de Migração, sobretudo neste final do ano onde as fronteiras têm registado uma sobrecarga de movimento de nacionais e estrangeiros que entram para passar a quadra festiva.

 

FONTE: http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1151129

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