Ministro afirma que Grécia está à beira da bancarrota

Ministro afirma que Grécia está à beira da bancarrota

 

O ministro de Estado e porta-voz do governo, Pantelis Kapsis, afirmou nesta quinta-feira (2) que o país se encontra à beira da bancarrota oficial, configurando o momento atual como ahora “de adotar decisões difíceis”.

 

O dirigente anunciou, em declarações à Mega TV, que será efetuada uma reunião de urgência entre os líderes políticos dos três partidos que sustentam o governo de coalizão para chegar a uma posição comum três pontos exigidos pela troika — a União Européia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) — e sobre os quais ainda não se chegou a um acordo.

 

Kapsis enumerou os pontos que serão debatidos na reunião: salário, aposentadoria e resgate bancário, e disse que a reunião convocada pelo premiê Lukas Papademos seria realizada nesta mesma noite ou ao longo da tarde de sexta-feira.

 

Sobre os salários do setor privado, lembrou que empresários e sindicatos estão negociando uma reforma trabalhista que satisfaça à UE e ao FMI, e que o resultado final pode trazer decisões “difíceis e dolorosas”.

 

Afirmou que o governo acha que a redução dos salários pode ter efeitos muito negativos, ao mesmo tempo que destacava que, em última instância, se trata de decidir se as “linhas vermelhas” serão mantidas ou o contrário, para assim poder acessar o empréstimo do resgate financeiro.

 

Neste tema, a troika mantém uma dura pressão sobre o governo tripartite, no qual o conservador Nova Democracia (ND) se coloca a favor de reduzir o salário mínimo, mas não de eliminar os dois pagamentos extraordinários atuais, enquanto que o social-democrata PASOK se opõe a tal disposição.

 

Também não parece fácil chegar a um acordo sobre aposentadorias, pois o ND mostrou sua oposição ao plano preparado pelo ministério de Trabalho, no qual está contemplada uma redução média de 15 pontos percentuais.

 

Por último, Kapsis afirmou que o executivo espera que o resgate bancário ajude pessoas que investiram em bônus gregos como forma de poupança e não com fins especulativos, mas existem diferentes posições dentro do PASOK, enquanto que os conservadores ainda não esclareceram sua posição.

 

O que não escapa aos líderes políticos é que os termos exigidos pela UE, o BCE e o FMI para repassar o segundo pacote de resgate, de 130 bilhões de euros, podem gerar uma explosão social sem precedentes.

 

O presidente do ND, Antonis Samaras, advertiu que a Grécia não aguenta mais “austeridade” e Yorgos Karatzaferis, líder do terceiro partido no governo, a organização de ultra-direita LAOS, advertiu que novos cortes causariam um colapso econômico e distúrbios como “a Europa não vê há décadas”.

 

Na mesma linha manifestou-se ontem Poul Thomsen, membro da equipe de supervisão do FMI, ao diário local Kathimerini, ao assegurar que os cortes orçamentais por si só não salvariam a economia grega, já que o país chegou “ao limite” do que a sociedade “pode suportar”.

 

Com informações da Prensa Latina

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=174741&id_secao=9

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