Migrantes paraguaios exigem que direito ao voto seja respeitado
Migrantes paraguaios exigem que direito ao voto seja respeitado
A Associação de Integração Paraguai – Brasil Japayke, em conjunto com outras organizações realizou, nos dias 5 e 6 de maio, o Encontro Guasú , onde os migrantes puderam debater a realidade vivida fora do país.
Cerca de 80 pessoas participaram do evento que contou com a presença de autoridades do governo paraguaio. Segundo o presidente da Japayke, Humberto Jara, esta foi uma oportunidade para que a comunidade paraguaia pudesse expor suas reclamações e abrir um diálogo “para que sejam, finalmente, levados mais em conta como um importante grupo de migrantes”.
Uma das solicitações dos paraguaios foi para que o Paraguai promova a repatriação de pequenas empresas com seus respectivos pertences, já que a maioria trabalha em oficinas de costura, muita vezes, em situação irregular.
Outro pedido foi para que as autoridades tomem providências concretas a respeito do voto do paraguaio no exterior, que segundo Jara, ficou somente nos papéis. “Até agora não tivemos nenhuma visita para a inscrição no padrão eleitoral”, criticou. E lamentou que, apesar de terem conquistado o direito ao voto, em referendo realizado em 2011, não votarão nas próximas eleições gerais do país.
No fim do encontro foi feito um manifesto com todas as solicitações destes migrantes a ser entregue naquele país.
O evento faz parte do projeto “Vida e Trabalho Decente para trabalhadores e trabalhadoras imigrantes no Paraguai e no Brasil” das Centrais CSI, CSA, CUT, UGT e Força Sindical. Tem como parceiro o Centro de Apoio ao Migrante do Serviço Pastoral dos Migrantes (CAMI) e o apoio das organizações Ápe Paraguay e Ysyry Aty, da Argentina.
Com ABC Color e IP
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=182949&id_secao=7