Justiça condena Basf e Shell a tratar saúde de 772 ex-trabalhadores

Justiça condena Basf e Shell a tratar saúde de 772 ex-trabalhadores

MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

A Justiça do Trabalho de Paulínia (interior de SP) determinou, em liminar, que as empresas Basf e Shell depositem em até 72 horas verbas para custear o tratamento de saúde de 772 ex-trabalhadores. Cabe recurso.

O pagamento –R$ 64,5 mil por trabalhador– já havia sido determinado em abril do ano passado, mas, como não estava sendo cumprido pelas empresas, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação civil pública para o custeio imediato.

A lista de beneficiados ainda pode crescer, já que outros 370 nomes ainda estão sendo analisados. A princípio, serão beneficiados trabalhadores que atuaram na fábrica do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (117 km de SP).

A Shell iniciou produção de agrotóxicos no local em 1977. Em 1994, vendeu a fábrica para a Cyanamid, que, em 2000, vendeu o passivo para a Basf. A fábrica foi interditada em 2002. Diversos estudos comprovaram a contaminação do solo e lençóis freáticos por substâncias cancerígenas.

As empresas têm de 24 a 72 horas para realizar o depósito bancário em conta informada pelo trabalhador. Para ter o tratamento custeado pelas empresas, as pessoas habilitadas devem procurar a Atesq (Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas), o Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, a ACPO (Associação de Combate aos Poluentes) ou o Instituto Barão de Mauá.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1061450-justica-condena-basf-e-shell-a-tratar-saude-de-772-ex-trabalhadores.shtml

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