Junta militar egípcia acusa forças estrangeiras por crise
Junta militar egípcia acusa forças estrangeiras por crise
DA EFE, EM CAIRO
A junta militar que dirige o Egito desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, há um ano, afirmou nesta sexta-feira que o país vive “a etapa mais perigosa e importante de sua história”, e acusou forças “estrangeiras e internas” pela onda de violência que atravessa a nação.
Em comunicado divulgado em sua página no Facebook, a cúpula militar pediu que todos os grupos políticos “assumam seu papel para intervir de maneira ativa e eficaz para encerrar a discórdia” no país. O centro da capital Cairo foi palco nesta sexta-feira de graves enfrentamentos.
“Todos os filhos da nação egípcia devem se unir e se solidarizar para encerrar a discórdia e enfrentar as investidas de forças estrangeiras e internas”, diz a nota em tom dramático.
DIREITO DO POVO
O Conselho Supremo das Forças Armadas (nome oficial da junta militar), presidido pelo marechal Hussein Tantawi, assegura que “sempre defendeu o direito do povo à manifestação pacífica, o que todas as instituições devem respeitar”.
No entanto, a junta observou “o aumento do perigo, a propagação de rumores e a insistência de algumas partes em ameaçar as propriedades e instituições do estado”.
Por isso, a cúpula militar disse que é obrigada a pedir que todas as forças nacionais e políticas adotem “uma iniciativa positiva e rápida” para “devolver a estabilidade a todas as partes do Egito”.
Já o primeiro-ministro egípcio, Kamal Ganzuri, pediu que os “sábios da nação e os jovens da revolução” contribuam para conter a situação, segundo a agência oficial “Mena”.