INTEGRANTES DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NÃO APURA MOTIVO DA REBELIÃO

INTEGRANTES DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NÃO APURA MOTIVO DA REBELIÃO

Depois de dois dias de investigação e colheita de depoimentos de pessoas envolvidas na rebelião ocorrida na semana passada no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os quatro deputados da Comissão de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Câmara Federal dizem que a situação do presídio maranhense é parecida com as de outros estados do país, ouvem depoentes de outros casos de assassinato no interior do Maranhão e não chegam a conclusão definitiva sobre os motivos que geraram o motim que resultou na morte de 18 apenados. A comitiva não descarta a possibilidade de que o incidente tenha sido ocasionado por articulações políticas, mas não especificou quais seriam elas.

Ouvidos os detentos na própria penitenciária, familiares de presos e vítimas, representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, das polícias civil e militar, da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e o secretário de Segurança do Estado, Aluísio Mendes, a conclusão a que chegaram os quatro parlamentares federais é de que não existem fatos concretos que comprovem o verdadeiro fator que provocou a rebelião.

O presidente da Comissão, o deputado Dr. Talmir (PV – SP), disse que havia muitos problemas a serem resolvidos no sistema penitenciário maranhense, mas que eles não são muito diferentes da realidade brasileira. “A situação é preocupante? É, sim. Mas não é diferente do que se vê em outros estados. As reclamações dos detentos daqui são as mesmas, o que mostra é que o modelo penal está falido. Como deixar aquelas pessoas ali sem fazer nada, sem visitas, sem água, sem comida digna? Esse tipo de coisa gera revolta”, comentou. Talmir diz ainda que a providência a ser tomada em Brasília para a resolução do problema será apenas a elaboração de um relatório a ser enviado para o Poder Executivo Federal e para entidades latino-americanas de Direitos Humanos.

Questionado sobre a suspeita de que o motim tenha sido provocado por motivações políticas, Talmir diz que é uma hipótese bastante viável e que será levada em conta. Os parlamentares Fernando Gabeira (PV – SP) e Domingos Dutra (PT – MA) também trabalham com essa possibilidade. Gabeira diz que, mesmo após a visita da comissão, o episódio continua bastante nebuloso e torna difícil a compreensão do caso. “Existem muitas hipóteses. Todas elas levantadas por diferentes depoentes nos dois dias. Algumas cabíveis e outras nem tanto, como é o caso do que dizem ter sido um massacre de estupradores. Quando você vai procurar, nenhum dos mortos foi preso por estupro. O mesmo com a possibilidade de ter sido briga entre facções da capital e da Baixada,” analisou Gabeira.

Fonte : O Imparcial

FONTE: http://www.tribunadomaranhao.com.br/noticia/integrantes-da-comissao-de-direitos-humanos-nao-apura-motivo-da-rebeliao-8154.html

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