INIMIGO INVISÍVEL É O TEMA ESCOLHIDO PELA OMS PARA O DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Resistência antimicrobiana atrapalha os tratamentos de doença como o HIV, malária e tuberculose

Mesmo você não vendo, eles estão em todos os lugares, na sua casa, na rua ou no trabalho. São os inimigos invisíveis que não podem ser vistos pelos olhos humanos: as bactérias, vírus, fungos e parasitas. São também personagens do Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quinta, dia 7 de abril, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O tema escolhido este ano é “Combate à Resistência Antimicrobiana”. 

“A escolha do tema pela OMS está relacionada ao uso indiscriminado de remédios pela população, o que acaba desencadeando um processo de resistência bacteriana aos antibióticos. As pessoas têm o hábito de usar remédios de forma inadequada e não atendendo os protocolos, usam um período e quando passam os sintomas deixam de tomar o medicamento. Dessa forma, causam a resistência”, afirma o professor do curso de Enfermagem da UFMA de Imperatriz, Marcelino Neto, especialista em Saúde Pública. 

Quando os remédios não conseguem mais combater as bactérias, vírus, fungos e parasitas é um sinal de que há residência microbiana. A resistência aos antimicrobianos ameaça vários tratamentos, como o controle do HIV, da malária e da tuberculose, que são os principais causadores de mortalidade por doenças infecciosas no mundo. ”As bactérias são causadoras de infecções e não controladas podem desenvolver uma complicação como a infecção generalizada levando a pessoa à morte”, diz Marcelino. 

Para a OMS, o combate à resistência passa pelo controle das prescrições de antibióticos, o desenvolvimento de novas drogas e a higienização das mãos, principalmente por parte dos profissionais de saúde. No entanto, estudos internacionais mostram que grande parte dos profissionais não segue a orientação, ou seja, não adota o hábito de lavar as mãos com água e sabão antes e após atender um paciente ou realizar procedimentos cirúrgicos. “A população tem que se conscientizar que tomar medicamento de forma inadequada é perigoso. É preciso prescrição médica e seguir as recomendações rigorosamente”, alerta o professor. 

Edição: Roseane Pinheiro 
Revisão de texto: Carla Morais

 

FONTE: http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=10408

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