INFRAERO NÃO COMENTA DECLARAÇÕES DE CÉSAR PIRES SOBRE AEROPORTO

POR JULLY CAMILO
Um dia depois de o presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado César Pires (DEM), criticar o fato de sequer o processo de licitação para as obras de recuperação do aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado ter acontecido, a Superintendência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em São Luís, recusou-se ontem a falar sobre o assunto. Procurada pela reportagem do Jornal Pequeno, a Infraero informou apenas que não comentaria o assunto e que estaria seguindo orientações da presidência do órgão em Brasília. Só na terça (5) o aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial da União.

Neste mesmo dia, o deputado César Pires (DEM), cobrou explicações sobre a paralisação das obras e o atraso na conclusão dos serviços de recuperação do aeroporto Cunha Machado. Ele afirmou que o superintendente da Infraero na capital maranhense, Hildebrando Coelho, teria informado que sequer o processo de licitação havia sido feito. “Fiquei surpreso ao ouvir do superintendente que todos os contratos que as companhias de turismo estavam vendendo para o Maranhão foram suspensos por conta desse procedimento. Os vôos internacionais que deveríamos ter não teremos mais. Se o período de alta temporada ficou comprometido, o da próxima alta temporada, que é janeiro e fevereiro, também estão comprometidos”, disse o deputado em seu relato.

“Gosto daqui e sempre que posso venho a passeio, mas ultimamente não tenho indicado este roteiro a ninguém. Amo tanto esta terra que me envergonharia em ver as pessoas falando mal daqui”, declarou Marluce.

O médico ludovicense Alexandre Alves, 40, disse que a morosidade no andamento e conclusão das obras prejudica também os serviços executados dentro do aeroporto. Visivelmente chateado, ele relatou à equipe do JP que a esposa e as duas filhas estariam embarcando para Recife, mas tiveram problemas ao despachar as bagagens.

“O que já era ruim ficou pior. Segundo a Anac, o passageiro tem até quatro horas antes do embarque pra despachar as bagagens, mas ao tentar fazer isso na TAM, já fui avisado que em São Luís esse procedimento só começa a partir de 9h. Liguei pra ouvidoria da TAM e na mesma hora uma pessoa veio me atender e despachar as malas. O pior é que sem a definição dos prazos a situação só tende a se complicar ainda mais, e o pior que ninguém toma uma providência enérgica quanto a isso”, disse Alexandre.

Em decorrência da atual situação no Aeroporto Cunha Machado, é pouco provável que a interdição ocorrida em 24 de março último, termine em setembro, conforme calendário de obra elaborado pela estatal. E apesar o Terminal de Passageiros não ter perdido o status de internacional – classificação esta conferida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) –, o mesmo não oferece as condições necessárias para operar simultaneamente voos domésticos e internacionais. Por isso, suspendeu os vôos internacionais temporariamente.

O último voo internacional que o aeroporto recebeu foi em dezembro de 2010.

 

FONTE: http://www.jornalpequeno.com.br/2011/7/6/infraero-nao-comenta-declaracoes-de-cesar-pires-sobre-aeroporto-161796.htm

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