Índios começam a montar "aldeia" da Rio+20

Índios começam a montar “aldeia” da Rio+20

 

  Um grupo de índios brasileiros começou nesta sexta-feira (25) a preparar o terreno para instalar uma “aldeia” em pleno Rio de Janeiro, onde nativos de vários países debaterão uma lista de propostas que será apresentada durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

 

A aldeia se chamará Kari-Oca – trocadilho com o nome do gentílico do Rio de Janeiro – e vai receber 1,2 mil nativos procedentes de vários países da América e da África, que realizarão cinco dias de debates com a intenção de obter um consenso sobre sua ideia de desenvolvimento sustentável para expô-la às autoridades mundiais durante a Rio+20.

 

Os índios pretendem usar terrenos de floresta pertencentes à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

 

A construção corre a cargo de um grupo de 21 índios procedentes da reserva do Xingu, maior parque indígena da floresta amazônica brasileira.

 

Os indígenas começaram nesta sexta-feira a limpar o terreno, explicou o ativista Cícero José Bezerra da Silva, representante da ONG Grama, que colabora com os nativos.

 

A aldeia terá quatro tendas com capacidade para 30 pessoas, que serão elaboradas com palha e madeira de pindaíba.

 

Cícero afirmou que os índios possuem a correspondente licença ambiental e afirmou que vão “compensar” os danos ambientais que causarem plantando 2 mil árvores no parque ambiental da Pedra Branca, vizinho ao terreno da Fiocruz.

 

Os debates ocorrerão entre os dias 13 e 17 de junho, quando serão entregues as propostas dos indígenas às Nações Unidas, durante as jornadas de diálogos prévias à Rio+20, a ser realizada entre 20 e 22 do mesmo mês.

 

O nome eleito para a aldeia, Kari-Oca, significa na língua tupi-guarani “casa de branco” e era a expressão que os índios usavam para se referir às cidades dos colonizadores portugueses.

 

Fonte: Efe

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=184255&id_secao=8

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