IMPERATRIZ: CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS APÓIA PROJETO SÓCIO-AMBIENTAL COM COCO BABAÇU
IMPERATRIZ: CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS APÓIA PROJETO SÓCIO-AMBIENTAL COM COCO BABAÇU
Professores e estudantes vão acompanhar construção e funcionamento de fábrica produtora na comunidade Petrolina
O Curso de Engenharia de Alimentos do Campus da UFMA Imperatriz será parceiro de um projeto sócio-ambiental com a empresa Suzano Papel e Celulose e organizações da sociedade civil na comunidade rural Petrolina. A proposta é fortalecer a sociedade extrativista e contribuir para a conclusão de uma fábrica produtora de alimentos derivados do coco babaçu, que começará a funcionar ainda este ano.
A coordenadora em exercício do Curso de Engenharia, Tatiana Lemos, explica que o apoio da universidade se dará através da vistoria e acompanhamento da conclusão da obra e sua adaptação de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária. A iniciativa representa ainda uma forma de combater a queima do coco babaçu para ser vendido como carvão. Este processo, além de prejudicar o ar e o solo, inutiliza a matéria-prima, responsável pelo sustento de dezenas de famílias.
A fábrica trabalhará com a extração de óleo e o aproveitamento mesocarpo do coco, do qual se pode fazer uma variação de alimentos como bolo, biscoito e mingau. Euvaldo Pereira, chefe da reserva extrativista do Ciriaco, lembra que já foram descobertos 64 subprodutos do babaçu. Pereira ressalta a importância do projeto. “Ele tem um cunho social e ambiental super importante. Primeiro pelas quebradeiras de coco, que são as maiores defensoras das palmeiras, depois pela renda que irá circular entre as 25 comunidades envolvidas”.
A conselheira estadual de Meio Ambiente e assistente pedagógica do Centro de Educação e Cultura dos Trabalhadores Rurais – Centru, Vanusa Babaçu, também participa do projeto, ao lado de integrantes do Instituto Chico Mendes.
A estudante universitária Larissa Loyola reforça o papel do engenheiro de alimentos em um projeto como este. “Podemos trabalhar no treinamento, capacitação e acompanhamento da produção”, ressalta.
Foram realizadas visitas às unidades de processamento do coco babaçu nas comunidades de Petrolina e Ciriaco. A primeira ocorreu no final de agosto, quando cinco professores e duas estudantes do Curso de Engenharia de Alimentos da UFMA, fizeram uma visita à comunidade, com representantes de organizações não-governamentais e da empresa Suzano Papel e Celulose. Também estavam na visita quebradeiras de coco babaçu do município de Vila Nova dos Martírios e dos povoados de Ciriaco e Marreco. A segunda visita aconteceu no início de setembro na unidade do Ciriaco, na oportunidade os profissionais da UFMA foram conhecer a estrutura física disponível no local. Os relatórios e o parecer técnico relativos às visitas serão entregues pela Universidade aos parceiros do projeto no final deste mês.
Edição: Roseane Pinheiro
Fonte: Juliana Carvalho