Greve dos rodoviários de BH se estende para região metropolitana
Greve dos rodoviários de BH se estende para região metropolitana
A mobilização de motoristas e cobradores dos ônibus de Belo Horizonte (MG) que cruzaram os braços desde à 0h, desta segunda-feira (12), já se estendeu para outros municípios da região metropolitana da capital, como Betim, Brumadinho e Lagoa Santa. Um impasse entre trabalhadores e patrões levou os trabalhadores a paralisarem as atividades. Eles reivindicam 49% de reajuste salarial. Enquanto a entidade patronal propõe 13%.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), não foi entregue nova proposta de negociação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e que não recebeu novas propostas de negociação, enquanto a entidade patronal afirma que recorrerá à Justiça para tentar suspender a greve.
Os rodoviários reivindicam 49% de reajuste nos salários, folhas de tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais e participação nos lucros e resultados (PLR). Os patrões ofereceram uma contra-proposta de 13% de reajuste no salário dos motoristas e trocadores, com aumento de 20 minutos diários na jornada de trabalho, e de 9% para a manutenção e administração, ou aumento de 6% sem alteração na jornada. Também um abono de R$ 150 na participação dos lucros, só para quem ganha até R$ 1.000, e R$ 300 para quem recebe acima desse valor.
No início da tarde, a BHTrans, responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte coletivo na capital, notificou os concessionários e informou que pode puni-los porque é “obrigação manter reserva técnica suficiente para atender os níveis de serviços e elaborar e implementar esquemas de atendimento emergencial à população”.
De acordo com o órgão, as estações Vilarinho, Barreiro e Diamante tiveram, respectivamente, 100%, 99% e 95% das viagens previstas descumpridas, enquanto nas estações São Gabriel e Venda Nova cerca de metade das viagens foram realizadas.
O sindicato dos trabalhadores desmente as informações e afirma que 30% da frota está em circulação, como exige a lei.
Com Agência Estado
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=177844&id_secao=8