Grécia vai pedir mais 2 anos para cumprir exigências europeias
Grécia vai pedir mais 2 anos para cumprir exigências europeias
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Informações de bastidores apontam que o novo governo grego vai pedir às autoridades europeias mais tempo para cumprir as exigências de austeridade fiscal no país.
E segundo a agência grega de notícias ANA, também é possível um terceiro pedido de socorro financeiro, no montante de € 16 bilhões (US$ 20 bilhões).
A União Europeia e o FMI socorreram a Grécia com dois pacotes que somados chegam a € 240 bilhões (US$ 300 bilhões) nos últimos dois anos.
Em troca, exigem que o país mediterrâneo cumpra metas no sentido de reduzir o deficit público e o montante da dívida nacional, ao custo de cortar gastos e enxugar salários e pensões.
Como o país já está em seu quinto ano consecutivo de recessão, e suporta uma taxa de desemprego superior a 20% (uma das maiores da Europa), a comoção popular é violenta, e já derivou para uma crise política, que pôs em dúvida a manutenção da Grécia na zona do euro.
Os partidos que devem formar o novo Gabinete, responsável pelo governo na Grécia, comprometeram-se em renegociar as exigências europeias, de modo a permitir que o país retome o crescimento e combate o desemprego.
Autoridades ligadas ao governo interino, ouvidas pelas agências de notícias e jornais gregos, apontaram que o atual ministro das Finanças (em caráter provisório), Georges Zanias, deve levar essa reivindicação de mais prazo para a reunião de colegas da zona do euro (o chamado Eurogrupo), na quinta-feira.
Zanias vai solicitar que o país tenha até 2016 para sanear suas contas, e não 2014, como inicialmente previsto.
O novo Gabinete grego, composto por políticos da Nova Democracia (partido conservador), Pasok (sociais-democratas) e Dimar (centro-esquerda), deve tomar posse ainda hoje.
O novo primeiro-ministro será o líder da Nova Democracia –a legenda mais votadas nas eleições parlamentares do final de semana passado– Antonis Samarras.