Grécia enfrenta greve dos transportes contra redução salarial
Grécia enfrenta greve dos transportes contra redução salarial
DA EFE, EM ATENAS
A Grécia enfrenta nesta quarta-feira uma nova jornada de greves parciais nos transportes, em um ambiente de tensão social pelos cortes, e a poucas semanas das eleições gerais, que ainda não têm uma data definida.
Os funcionários do metrô e do bonde de Atenas declararam uma paralisação de quatro horas (de 6h às 10h de Brasília) para exigir um novo convênio salarial.
No caso de não haver acordo até o final de maio, o salário base inicial dos empregados do setor será reduzido ao salário mínimo (€ 586 mensais), segundo as medidas adotadas pelo Parlamento grego em 12 de fevereiro.
Os professores do ensino privado também convocaram uma greve de 24 horas para a quinta-feira em protesto pelas medidas que facilitam as demissões no setor.
O conflito social não diminui a poucas semanas das eleições, que, segundo o porta-voz do Governo, Pantelís Kapsís, acontecerá “provavelmente em 6 de maio”.
À medida que se aproxima o pleito crescem os desacordos entre os socialistas e os conservadores que formam o Governo grego sobre as leis que devem ser votadas antes da dissolução do Parlamento, pondo em dúvida o respeito ao calendário de aprovação das reformas exigidas pelos credores.
Há uma semana, os conservadores do partido Nova Democracia se retiraram do comitê que elabora a nova lei sobre o aumento de impostos e taxas, prometendo cancelar, depois das eleições, umas das disposições da lei vigente.