Grécia em impasse político; última tentativa para formar governo

Grécia em impasse político; última tentativa para formar governo

 

O presidente da Grécia, Carolos Papoulias, tenta convencer todos os partidos gregos a instaurar um “governo de unidade, em meio a um impasse político devido aos compromissos de austeridade assumidos com a União Europeia (UE).

 

No primeiro momento, o chefe de Estado dialogou sem êxito com os líderes do agrupamento conservador Nova Democracia, o partido de esquerda Syriza, e o social-democrata Pasok, que foram os três mais votados nas eleições do último dia 6.

 

Cada um desses partidos fracassou em formar um gabinete conjunto depois da divulgação dos resultados das eleições legislativas.

 

Ao término das conversações, o líder do Pasok, Evangelos Venizelos, considerou que a situação contuinuava num “beco sem saída”.

 

Por sua vez, o conservador Antonis Samaras disse que as consultas continuam porque Syriza se nega a integrar ou apoiar uma aliança governamental que mantenha Atenas na zona do Euro e renegocie o plano de austeridade acordado com a UE em troca de resgate financeiro.

 

O partido Syriza, de esquerda, o segundo mais votado, centrou sua campanha na reversão dos drásticos cortes antipopulares impostos pelos credores internacionais e que conduziram a uma severa crises na economia grega, o aumento descontrolado do desemprego e ao fechamento de milhares de pequenas e médias empresas.

 

Agora, o presidente conversa separadamente com os dirigentes do partido nacionalista Gregos Independentes, o Partido Comunista, a formação de extrema-direita Amanhecer Dourado e a formação de centro-esquerda Dimar.

 

Se o chefe de Estado fracassar nesta última iniciativa, então terá que convocar novas eleições nas próximas semanas.

 

Com agências

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=183128&id_secao=9

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Carregando uma bandeira que proclamava “O povo é a solução. Voltemos às praças, continuemos nas ruas”, cerca de 35 mil pessoas, segundo a Guarda Municipal, marcharam por Barcelona e outras cidades do país, entre elas Madri.

 

Sob um sol forte, centenas de pessoas, muitas com a camiseta verde do movimento contra os cortes na educação, partiram no início da tarde dos subúrbios do sul de Madri, precedidos por uma bandeira que dizia “O problema é o sistema. Rebelem-se!”.

 

Em meio ao som de tambores e de gritos de “Assim, assim, nem um passo para trás, contra os cortes, luta social!”, seis grupos de madrilenhos partindo de diferentes pontos da capital partiram em direção à emblemática Porta do Sol.

Foi nesta praça onde se instalou há um ano um acampamento improvisado de barracas e sacos de dormir que, com seu refeitório, sua creche e suas bibliotecas, converteu-se no símbolo da revolta popular contra a crise, inspirando movimentos similares em outros países.

 

Para marcar este aniversário, também foram convocadas manifestações em cidades como Paris, Atenas, Nova York ou Rio de Janeiro.

 

Mas todos os olhares se voltarão para a Porta do Sol, já que as autoridades espanholas advertiram que não serão permitidos novos acampamentos e só autorizaram as concentrações até as 22hlocais (17h de Brasília).

 

“Para além destas horas o que se estaria fazendo é violando a lei”, afirmou a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría. “Evidentemente não vão ocorrer acampamentos porque são atos ilegais”, assegurou o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz.

 

Os “indignados” preveem, no entanto, realizar um minuto de silêncio no “Sol” à meia-noite e depois alguns podem tentar ficar, criando uma situação de tensão com a polícia, que mobilizará cerca de 1.500 policiais antidistúrbios.

 

“Não será um acampamento, e sim uma assembleia permanente”, explica Luis, porta-voz do movimento, esperando que esta fórmula lhes permita ficar na praça até terça-feira, quando os “indignados” comemoram seu primeiro aniversário.

 

Desde que o acampamento do Sol foi desmantelado, no dia 12 de junho do ano passado, o movimento perdeu visibilidade nos meios de comunicação, mas seguiu vivo nas redes sociais, nas assembleias de bairro e na luta contra a exclusão, embora com menos seguidores.

 

“Os que permaneceram são os mais conscientes, atuando em ações setoriais, como, por exemplo, opondo-se aos despejos”, afirma Antonio Alaminos, professor de sociologia da Universidade de Alicante.

 

Efeito mais concreto da mobilização dos “indignados”, o novo salto dado pela Plataforma de Afetados pelas Hipotecas (PAH), que desde 2009 luta contra o despejo de famílias endividadas –muitas delas de imigrantes–, conseguiu nos últimos meses cancelar ou adiar dezenas de expulsões.

 

Com Efe

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