Funcionários da Universidade Federal de São Carlos (SP) entram em greve
Funcionários da Universidade Federal de São Carlos (SP) entram em greve
JOÃO ALBERTO PEDRINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Funcionários da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) entraram em greve nesta segunda-feira (11). A paralisação, por tempo indeterminado, foi decidida em assembleia realizada de manhã, em São Carlos (232 km de São Paulo).
A decisão acompanha o movimento que acontece em outras instituições pelo país há cerca de um mês.
De acordo com o coordenador-geral do Sintufscar (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos), Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes, a categoria faz várias reivindicações.
Entre elas, reposição salarial de 22,08%, referente a perda inflacionárias desde 2010. Eles também pleiteiam definição da data-base para o dia 1º de maio, já que não existe um período fixo para negociação.
Os trabalhadores pedem, ainda, aumento de 80% no piso mínimo, que hoje é de R$ 1.034,59. O sindicato pleiteia três salários mínimos: R$ 1.866.
“Queremos uma política salarial digna”, afirma Pinheiro. Ele diz que são ao menos mil servidores associados ao sindicato e que a expectativa é que todos os funcionários parem nos três campi, localizados em São Carlos, Araras e Sorocaba.
AULAS NORMAIS
A paralisação inicial não prejudicou aulas, segundo informou o próprio sindicato, que define em reunião, entre hoje e amanhã, quais serviços serão mantidos.
“O pessoal da folha de pagamento e do biotério [local onde são criados e mantidos animais utilizados em estudos] não param em hipótese alguma”, diz.
A UFSCar não informou quais setores foram afetados pela greve e disse que vai emitir uma nota à imprensa nesta terça-feira (12) sobre o protesto.
PROFESSORES
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Carlos informou que uma assembleia realizada no último dia 6 aprovou indicativo de greve para a próxima sexta-feira (15).
Apesar da aprovação, a decisão precisa ser referendada amanhã, quando os professores votam se concordam com o início da paralisação. Se a maioria for contra, a greve automaticamente é cancelada.
A associação tem cerca de mil associados.
