Estudo revela percepção do brasileiro em relação à pobreza
Estudo revela percepção do brasileiro em relação à pobreza
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quarta-feira (21) estudo que revela como os brasileiros percebem o problema da pobreza no país.
A primeira edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) será divulgada às 14h30, na sede do Ipea, pelo diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Jorge Abrahão, pelas técnicas de Planejamento e Pesquisa Ana Cleusa Mesquita e Maria Paula dos Santos e pela chefe da assessoria técnica da Presidência, Luciana Acioly.
O Sips ouviu 3.796 pessoas em todo o país entre os dias 8 e 29 de agosto. Os entrevistados responderam perguntas sobre as causas da pobreza e possíveis soluções. As opiniões colhidas mostram se os brasileiros percebem uma redução nos níveis de probreza nos últimos anos e como eles classificam a importância desse problema em relação a outros como violência, desemprego, educação e saúde.
O Sips é um sistema de indicadores sociais que verifica como a população avalia os serviços de utilidade pública. Os dados apurados servem como guia para o setor público estruturar suas ações. Já foram divulgadas edições sobre justiça, educação, cultura, segurança, igualdade de gênero, bancos, mobilidade urbana, trabalho e renda, e saúde.
Fonte: Agência Brasil
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=171551&id_secao=1
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Os novos caminhos são fruto de uma oportunidade e de uma necessidade.
De uma oportunidade porque há no país quase um milhão de famílias de agricultores egressas do programa de reforma agrária. Boa parte delas tem identificação com os valores dos movimentos de luta pela terra no que tange ao desenvolvimento de um modo de produção mais sustentável. Por que não as envolver em uma luta comum?
A aproximação com a agricultura familiar também é uma necessidade. Esses pequenos produtores estão sendo disputados pela agricultura tradicional, que deseja incluí-los em cadeias produtivas de commodities. O programa nacional de biodiesel, por exemplo, estimula agricultores familiares a produzirem cultivos agroenergéticos para as usinas.
Na semana passada, João Pedro Stedile, um dos líderes do movimento, ao falar sobre a campanha contra os agrotóxicos, deu exemplos de como a disputa ideológica pelos assentados e a agricultora familiar está aberta. Segundo ele, o movimento da reforma agrária lutou para que o curso de agronomia no campus de Erechim da Universidade Federal da Fronteira Sul tivesse ênfase em agroecologia. Entretanto, os próprios alunos, muitos filhos de agricultores familiares, protestaram para que o curso ganhasse um viés mais tradicional.
Outro exemplo seria a produção de feijão em assentamentos no Estado de São Paulo. Conforme o líder do MST, o uso de agrotóxicos está disseminado entre os pequenos produtores, assim como os malefícios causados por esses químicos à saúde humana. “Isso já está custando vidas, há casos de câncer de mama em meninas de 13, 14 anos”, disse Stedile, em palestra no Rio de Janeiro.
Além de movimentos sociais do campo, a campanha contra o uso de agrotóxicos envolve sindicatos urbanos, pesquisadores de universidades públicas e da Fiocruz, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Brasil é campeão mundial em uso desses químicos, entre eles rótulos que já foram banidos de países da Europa e dos Estados Unidos por sua alta toxidade.
De acordo com o líder do MST, o uso intensivo de agrotóxicos é um dos pilares do modelo agrícola instalado no país na última década. “Essa nova etapa do capitalismo dominada pelo capital financeiro e as empresas transnacionais impôs um novo modelo de produção agrícola, cujo objetivo principal é se apoderar dos bens da natureza, tudo em nome do lucro”, afirmou.
Agora, o MST conta com os pequenos produtores para ampliar a luta contra esse modelo. Para aprofundar o debate com as bases, o congresso do MST, que acontece de cinco em cinco anos e estava previsto para 2012, foi adiado para o ano seguinte. O movimento dos sem-terra tende a ser cada vez mais o movimento dos assentados da reforma agrária.
Fonte: Carta Maior
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=171613&id_secao=8