ESQUERDA BASCA APRESENTA NOVO PARTIDO E REJEITA VIOLÊNCIA, INCLUINDO ETA
ESQUERDA BASCA APRESENTA NOVO PARTIDO E REJEITA VIOLÊNCIA, INCLUINDO ETA
A esquerda abertzale basca, movimento que nasceu do ilegalizado Batasuna (braço político da ETA), rejeitou hoje a violência com fins políticos, incluindo a da organização basca, num primeiro passo que poderá levar à legalização.
A esquerda abertzale (esquerda patriótica) rejeita e opõe-se ao uso da violência ou à ameaça do seu uso para a obtenção de objetivos políticos, incluindo a violência da ETA se existisse, em qualquer das suas manifestações, de acordo com a declaração hoje divulgada.
A esquerda abertzale rejeitou também a conivência com organizações que possam utilizar a violência com fins políticos.
O líder do movimento, Rufi Etxeberria, leu a declaração de princípios na apresentação do novo partido em Bilbau, a poucos meses das eleições municipais espanholas.
O objetivo é que o partido seja apresentado na quarta-feira no Ministério do Interior para a eventual inscrição no registo de partidos políticos.
As forças políticas com assento parlamentar têm insistido que para que qualquer força política seja legalizada teria, inicialmente, que “romper com os vínculos que a unam ao terrorismo”, como explicou recentemente à Lusa o dirigente do PSE-EE, Óscar Rodriguez.
Rufi Etxeberria explicou que o movimento decidiu respeitar a Lei dos Partidos, apesar de denunciar o seu uso “partidário”, afirmando que este projeto é “histórico” e servirá como “eixo fundamental” e como “aposta firme pelas vias políticas e democráticas”.
Insistiu ainda que a esquerda abertzale adotou o “compromisso firme e claro de aposta nas vias exclusivamente políticas e democráticas, sem volta atrás”.
A UE e a ONU consideram a ETA uma organização terrorista.
Lusa