Especialistas da saúde debatem indicadores do entorno da Refinaria Premium

Especialistas da saúde debatem indicadores do entorno da Refinaria Premium

UFMA, ONU-HABITAT, Petrobrás e Universidade Federal Fluminense estiveram reunidos durante o Encontro

SÃO LUÍS – Na última quinta-feira, foi realizado o evento intituladoMonitoramento dos Indicadores Socioeconômicos dos Municípios Localizados no Entorno da Refinaria Premium I, que visou apresentar e discutir os dados relacionados ao cenário da saúde nas cidades de São Luís, Rosário, Bacabeira e Santa Rita. A oportunidade reuniu especialistas da área da saúde da Universidade Federal do Maranhão, do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), Petrobrás e Universidade Federal Fluminense. 

Fruto do convênio firmado entre a UFMA, a ONU-HABITAT e a Petrobrás, o encontro serviu como intercâmbio de experiências para potencializar o monitoramento de dados da saúde dos municípios do entorno da Refinaria Premium I, tendo em vista a diminuição dos impactos da instalação da refinaria na região. Segundo a professora do departamento de Saúde Pública da UFMA, Érica Thomáz, o evento contribuiu para a execução da linha de base, ponto inicial para a formação do banco de dados que apontará as primeiras transformações na área da saúde da região por conta do início das obras da refinaria, no segundo semestre de 2009. “Estamos fazendo o levantamento de dados de 2009 para cá com o objetivo de ver o impacto do início das obras e isto envolve vários setores, não só da saúde, mas de urbanismo, saneamento, entre outros”, afirmou. 

Também professor do departamento de Saúde Pública da UFMA, Antônio Augusto da Silva mostrou um relatório com indicadores referentes à mortalidade infantil, saúde das gestantes, combate à AIDS, à malária e outras doenças, e equidade social, incluídos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), projetados para o Brasil pela Organização das Nações Unidas. 

Ao final da explanação, o professor concluiu que houve diminuição nos índices de mortalidade infantil, tuberculose e malária, com o aumento da expectativa de vida, porém, com aumento no número de homicídios e acidentes de trânsito, além da manutenção de casos de dengue, leishmaniose, AIDS e hanseníase. Para ele, a solução dos problemas envolve vários setores da sociedade. “Tem que haver mobilização social e políticas públicas para que este problema seja resolvido. Por exemplo, deve-se melhorar a infraestrutura urbana para resolver casos de saúde e, no caso dos acidentes de trânsito, mais fiscalização. São problemas muito complexos. O primeiro ponto é fazer um diagnóstico”, afirmou.

Na ocasião, a professora da Universidade Federal Fluminense, Hélia Kawa, lembrou a experiência adquirida com o monitoramento de indicadores do entorno do Polo Petroquímico de Itaboraí, no Rio de Janeiro, elogiou o trabalho em desenvolvimento que está sendo feito na UFMA e deu sugestões para melhorar o levantamento de dados. 

“É sempre um desafio lidar com estes indicativos. No caso da mortalidade infantil, o que se exige mais é a tecnologia para cuidar das crianças, e não basta pré-natal para lidar com a mortalidade materna e a gravidez de grande risco, por exemplo. Uma dica que eu dou é interligar os dados de diferentes setores para responder as eventuais perguntas que possam surgir. Outra é fazer um monitoramento dos serviços oferecidos à sociedade, experiência muito boa que realizamos no Rio de Janeiro”, declarou durante a reunião.

http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=12986

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