EM SÃO LUÍS E ALTO ALEGRE DO PINDARÉ LANÇAMENTO DO FILME “NÃO VALE”

EM SÃO LUÍS E ALTO ALEGRE DO PINDARÉ LANÇAMENTO DO FILME “NÃO VALE”

A caravana da campanha Justiça nos Trilhos avança da capital para o interior do estado do Maranhão, divulgando seus materiais que apontam para “a outra face da Vale”.

O lançamento do filme “Não Vale”, obra do diretor e cineasta italiano Silvestro Montanaro, é ocasião para reconstruir um tecido de alianças e resistências. Muitas comunidades ao longo dos trilhos enfrentam problemas comuns, ligados à passagem do trem e ao processo de extração e escoamento do minério de ferro da multinacional.

O filme é instrumento precioso de conscientização das vítimas dos conflitos sociais, ambientais e trabalhistas provocados pela Gigante do ferro no corredor de Carajás.

Em São Luís o lançamento do filme aconteceu na sede do Sindicato dos Ferroviários de Pará, Maranhão e Tocantins, com a participação de militantes e coordenadores de movimentos. O debate, amplo e aprofundado, levantou a urgência de aprimorar a comunicação alternativa, para mostrar que “não tudo é ouro o que reluz” e proporcionar aos movimentos de base instrumentos de análise e superação dos conflitos locais. Um segundo lançamento do filme acontecerá dia 1 de setembro, na UFMA da capital do estado.

Em Alto Alegre o filme foi apresentado à população, acostumada a assistir a várias palestras da companhia mineradora defendendo sua imagem e suas operações no local. Ao contrário, há ainda muitas famílias vítimas de atropelamentos que não receberam indenizações; os acidentes continuam acontecendo e crianças e idosos continuam atravessando os trilhos, muitas vezes passando por baixo do trem parado que divide a cidade em duas metades.

O debate depois do filme levantou todos esses conflitos e amadureceu a necessidade da campanha Justiça nos Trilhos voltar ao povoado, para aprofundar esses temas, projetar o filme em praça pública e bairros periféricos e apresentar, na ocasião, a peça “Que trem é esse?”.

Trata-se de uma peça teatral irônica e amarga, denúncia dos muitos conflitos trazidos pelo trem. Jovens do corredor de Carajás apresentarão à população de várias comunidades seu olhar crítico e artístico a respeito da violência desse modelo de desenvolvimento.

O filme corre ao longo dos trilhos, abrindo horizontes e reflexões até agora silenciados. A peça teatral esquentará corações e mentes, para que o movimento por Justiça nos Trilhos seja cada vez mais organizado e articulado com as bases da região.

FONTE: http://www.justicanostrilhos.org/nota/487

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