EDUCADORES VÃO ÀS RUAS EM DEFESA DO PISO SALARIAL NACIONAL

EDUCADORES VÃO ÀS RUAS EM DEFESA DO PISO SALARIAL NACIONAL

Centenas de trabalhadores em educação paralisaram suas atividades nas escolas do Maranhão e engrossaram a Mobilização Nacional ocorrida nesta quinta-feira, (16), em todo o Brasil, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em prol da efetivação do piso salarial nacional.

A adesão é resultado da grande mobilização deslanchada há uma semana pela direção do SINPROESEMMA, que visitou várias escolas em São Luís e orientou as regionais do sindicato a fazer o mesmo nos municípios do Estado.

No Maranhão, o protesto teve como meta exigir não somente a implantação do piso, mas também a aprovação do Estatuto do Educador, que, mesmo depois de meses de mobilização e luta, continua emperrada, sem nenhuma resposta concreta do governo do estado.

Em São Luís, o movimento teve início às 8 horas, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro. Logo depois, os educadores saíram em marcha pelas principais ruas do Centro, rumo ao Palácio dos Leões, chamando a atenção da sociedade para o descaso com que o governo trata a educação no estado.

O movimento recebeu apoio de várias entidades como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Conlutas, Sindicato dos Professores Particulares (Sinterp), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão (Sindsep) e Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Maranhão (Sindmetal).

Em Brasília, entre outras atividades, os trabalhadores pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) pressa no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), impetrada por cinco governadores contra a lei do piso, cuja indefinição favorece o descumprimento da lei, sancionada em julho de 2008, pelo presidente Lula.

Palácio dos Leões

Em frente ao Palácio dos Leões, os manifestantes deram continuidade ao ato, com discursos que desmitificaram a campanha eleitoral que favorece a governadora Roseana Sarney, divulgada nos meios de comunicação.

No entendimento do professor Júlio Pinheiro, presidente do SINPROESEMMA, o governo do estado rasga o compromisso com os educadores quando não respeita a proposta do Estatuto deixando de enviá-la à Assembléia Legislativa, comprometendo, com isso, a educação como um todo.

“Um terço dos trabalhadores em educação que atua nas escolas são profissionais contratados e ganham míseros salários. Isto prova que educação para eles não é prioridade, não é investimento”, destacou o presidente, reforçando o discurso em favor do Estatuto do Educador e do piso salarial nacional.

“Os prefeitos do Maranhão também não discutem e não se comprometem com os educadores. Precisamos nos unir e lutar por uma educação de qualidade no nosso estado”, disse Pinheiro.

Sensibilizar

Para a professora Elinaura Cruz, do município de Rosário, é fundamental que a categoria se manifeste para sensibilizar o governo sobre a importância do piso nacional e do Estatuto do Educador. “Queremos sensibilizar a governadora quanto às nossas necessidades. Os gestores, quando candidatos, antes de chegar ao poder, prometem priorizar a educação. Mas, na verdade, esquecem da nossa categoria e acabam por nos massacrar”, afirmou.

Engrossando o coro dos descontentes falou o diretor de Cultura do SINPROESEMMA, Euges Lima.  O professor de história defendeu a união do segmento e discorreu historicamente o processo de valorização da classe em 200 anos no Maranhão. “A luta da categoria não é de hoje. Ela vem desde o governo imperial”, informou, conclamando a união para lutar por melhores dias.

O presidente do Sindmetal, Joel Nascimento  disse que a luta dos trabalhadores não tem fronteiras. Todas as categorias precisam se unir  por uma causa justa”, ressaltou, justificando a sua participação na marcha dos educadores. “Os trabalhadores precisam dar apoio aos trabalhadores”, disse, reforçando que os professores ainda lutam por salários, e que por isso, não deixará de participar.

Ao final do ato, os educadores decidiram realizar debates entre candidatos ao governo e trabalhadores para discussão de propostas referentes à educação a serem aplicadas na nova gestão.

FONTE: http://www.sinproesemma.com.br/

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