Economia da Grécia não voltará a crescer em 2013, diz FMI

Economia da Grécia não voltará a crescer em 2013, diz FMI

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou nesta quinta-feira que a economia da Grécia terá crescimento nulo em 2013, apesar do resgate financeiro aprovado em fevereiro.

De acordo o relatório financeiro do fundo, a previsão dos indicadores do país tiveram forte queda em relação ao último documento, de dezembro. O FMI considera que o PIB grego deverá cair 4,8% em 2012, após retroceder 6,9% em 2011, quase dois pontos percentuais a mais que a previsão anterior, de 3%.

No fim do ano passado, a entidade estimava o crescimento da Grécia em 0,3% em 2013, mas a previsão foi revisada para nulo no documento divulgado nesta quinta.

EMPRÉSTIMO

Mais cedo, o fundo aprovou o empréstimo de € 28 bilhões ao país, como parte do segundo resgate autorizado pela entidade e a União Europeia no último dia 21 de fevereiro, a fim de evitar uma moratória na Grécia, sendo liberados € 1,65 bilhões de imediato.

A proposta aprovada é a mesma que a chefe do FMI, Christine Lagarde, anunciou na última sexta (9). O prazo de execução dos empréstimos será de quatro anos, através de um mecanismo conhecido como Serviço Ampliado do Fundo, com tempo de pagamento mais flexível.

Em comunicado, Lagarde afirmou que os fundos servirão para o aumento da competitividade grega e a recapitalização do sistema bancário após a aplicação de medidas de austeridade, consideradas “dolorosas” pela representante do fundo.

O empréstimo de hoje tem € 10 bilhões do primeiro resgate grego, de maio de 2010, em que Atenas recebeu € 110 bilhões do fundo e da União Europeia, e € 18 bilhões do socorro financeiro aprovado em fevereiro.

REFORMAS

Sobre as mudanças que o governo grego deverá fazer, Lagarde afirmou que as prioridades do país devem ser o fortalecimento da produtividade, com a reforma trabalhista, a liberalização dos mercados, a melhora do ambiente empresarial e as privatizações. Medidas essas similares às tomadas pelos países sul-americanos em suas crises da dívida, na década de 1990.

Atenas também terá que garantir um superávit primário (economia para o pagamento de dívidas) de 4,5% do PIB em 2014 para reduzir a dívida pública. “Os riscos são muito altos e não há espaços para deslizes. A completa implementação a tempo dos reajustes é crítica para que surta efeito”.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1062480-economia-da-grecia-nao-voltara-a-crescer-em-2013-diz-fmi.shtml

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