É preciso fortalecer resistência popular no Paraguai, diz senador
É preciso fortalecer resistência popular no Paraguai, diz senador
O senador paraguaio Sixto Pereira afirmou que é necessário fortalecer a resistência do campo popular e progressista no país, para enfrentar as consequências do golpe de Estado que destituiu o presidente Fernando Lugo.
Em declarações à Prensa Latina, Pereira, um dos legisladores que votou no Congresso contra o julgamento político a Lugo com a finalidade de tirá-locargo para o qual foi eleito, elogiou nesse sentido eventos como o Foro Social Paraguai Resiste, que acaba de ser encerrado.
“É preciso enviar sinais claros aos golpistas, uma proposta consensual para fortalecer os setores progressistas e fazer este governo sentir, cada vez mais, a rejeição da população”, declarou.
Pereira, líder do Partido Popular Tekojoja, que faz parte da Frente Guaçú, se referiu ao total isolamento internacional ao qual está submetido o Executivo de Federico Franco e assegurou que seus principais exponentes estão preocupados com tal situação.
“Estive na reunião do Foro de São Paulo e todos os parlamentares progressistas do mundo disseram que no Paraguai se usou uma nova forma de violentar o Estado, porque a reação não respeita nem as próprias leis por eles estabelecidas”, expressou.
Referiu-se também, nesse sentido, às sanções impostas pelo Mercado Comum do Sur (Mercosul) e a União Sul-americana de Nações (Unasul), a evidente condenação da junta diretora do Parlamento Latino-americano (Parlatino) e as de outros setores democráticos da região.
Acrescentou que o ocorrido no Paraguai é algo preocupante para todos, que afeta a integração e, para ele, devolver a democracia ao povo paraguaio deve ser um esforço com a participação da cada democrata do mundo.
O senador sublinhou que a atual crise já tem reflexos na economia do país, o que afeta muitos interesses econômicos nacionais, e pode se agravar à medida que avancem os dias.
“Este golpe foi perpetrado para facilitar a concessão das empresas públicas às multinacionais, não avançar na reforma agrária, premiar a política dos agronegócios e até facilitar a presença do controle militar estadunidense no monitoramento da região”, concluiu.
Fonte: Prensa Latina
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=191407&id_secao=7